20 de Junho de 2025 | Coimbra
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Cooperativa Agrícola de Montemor-o-Velho marca presença na Feira do Ano

1 de Setembro 2023

Fernanda Paçó e Joana Alvim

A Feira do Ano, que começa já amanhã (2), no Largo da Feira, em Montemor-o-Velho, vai contar com a presença da Cooperativa Agrícola do Concelho de Montemor-o-Velho.

Além de expositores que promovem os produtos endógenos da região, a Cooperativa leva ao evento, também, profissionais que auxiliam com as questões relativas às plantações.

“O que podem esperar da Cooperativa é uma exposição com produtos regionais, [como] é o caso do arroz e também do milho”, além dos “técnicos da Cooperativa, para aconselhar algum agricultor que lá esteja com algum problema que possa ter nos campos”, declarou o presidente desta associação, José Armindo, numa entrevista concedida ao grupo Media Centro (do qual o jornal “O Despertar” faz parte).

A Cooperativa Agrícola do Concelho de Montemor-o-Velho foi fundada em 1977 e, atualmente, realiza o aprovisionamento de fatores de produção (sementes, fertilizantes, produtos fitofarmacêuticos, ferramentas e combustíveis), escoamento de produtos agrícolas e fornecimento de serviços aos seus associados, nomeadamente assistência técnica em produção integrada, secagem de milho, aluguer de máquinas agrícolas, concentração e recolha de leite de vaca, secagem, concentração e transformação de arroz, entre outras funções.

Neste momento, como esclarece José Armindo, a associação “tem cerca de quatro mil associados”, que dispõem de benefícios como “a compra dos fatores de produção, das sementes, e também de um gabinete técnico, para dar assistência aos associados”, além do “escoamento da produção”.

 

“O Baixo Mondego produz essencialmente arroz e milho”

Segundo o presidente da Cooperativa Agrícola do Concelho de Montemor-o-Velho, “o Baixo Mondego produz essencialmente arroz e milho, [e] também algumas hortícolas”.

Os dados da página oficial da associação afirmam que “o arroz é uma cultura com larga história na região do Baixo Mondego. Foi a partir da década de 60 do século XX que se tornou a principal cultura do Vale do Mondego”.

A Cooperativa tem um papel fundamental sobre esta cultura, através do fornecimento dos fatores de produção (fertilizantes, sementes, pesticidas e outros fatores indispensáveis), da assistência técnica (desde a preparação do solo até à colheita), da secagem e armazenamento do grão e da transformação, embalamento e comercialização da produção entregue pelos seus associados através das suas marcas.

Anualmente, a Cooperativa comercializa quatro mil toneladas dos seus associados.

O milho, por sua vez, “foi cultivado pela primeira vez em Portugal no Baixo Mondego, no início do século XVI”, lê-se na mesma página.

A cooperativa também presta um papel essencial nas etapas de produção deste alimento e, anualmente, “comercializa 14 mil toneladas dos seus associados”.

 

O futuro da produção agrícola

José Armindo, ao comentar sobre as previsões para o desenvolvimento agrícola nos próximos anos, afirma que existem alguns condicionantes a ter em conta, como os preços.

“Isso [o desenvolvimento agrícola] vai depender muito dos preços que nós vamos ter no futuro. […] Já estamos praticamente com guerra na Europa há um ano e meio, e isso levou a que não haja estabilidade nem nos fatores de produção, nem na produção agrícola”, defende.

Essa falta de estabilidade “pode pôr em risco, de um momento para o outro, a situação económica das explorações”, elucida.

 

As cheias

À parte da incerteza quanto ao futuro, outro obstáculo que as plantações do Baixo Mondego enfrentam são as cheias.

“No Baixo Mondego, o setor não tem sido muito afetado [pelas alterações climáticas], porque nós ainda continuamos a ter água suficiente para a rega. De facto, aquilo que nos tem afetado mais têm sido as cheias, quando chove em abundância”, destaca José Armindo.

Nestas condições meteorológicas de elevada precipitação, não há “capacidade suficiente para escoamento das águas, durante os períodos de inverno, este tem sido o maior problema no Baixo Mondego”, acrescenta.

A solução, segundo o presidente da Cooperativa, passa por realizar mais “retenção de água a montante de Aguieira, criando barragens a montante, para depois termos água disponível durante o verão”.

 


  • Diretora: Lina Maria Vinhal

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