Ampliar a Zona Industrial de Condeixa-a-Nova é um dos desafios que a Câmara Municipal tem em curso neste momento. O presidente da autarquia, Nuno Moita, lembra que “está atualmente completa”, sendo por isso necessário dar “novos passos” com vista ao seu desenvolvimento.
Esse é um processo que está já em andamento, encontrando-se, segundo o presidente, “na fase final de aquisição de terrenos”. “Temos uma Zona Industrial de média dimensão, completamente lotada, e vamos alargá-la com mais sete hectares”, realça. Nuno Moita diz que “é preciso responder à procura”, o que passa por criar as condições necessárias para que os empresários se possam fixar no concelho.
“Com esta ampliação estamos a construir o futuro. Estamos a dar espaço para a instalação de novas empresas”, explica, destacando que há já “cerca de uma dezena de empresas interessadas em fixar-se ali”, um fator determinante para que este projeto pudesse ser candidatado a apoios do fundo comunitário.
“Fizemos um primeiro apanhado das empresas interessadas, o que nos permitiu avançar para o fundo comunitário. Estamos agora na fase da aquisição dos terrenos e a seguir vamos ter obra”, frisa.
Este projeto terá um impacto significativo em todo o concelho, já que, como realça Nuno Moita, “permite a criação de mais emprego, abre o concelho a outro tipo de negócio e atividade e dá ‘músculo’ ao tecido empresarial de Condeixa”.
O presidente do Município enaltece a localização estratégica que o concelho oferece, considerando que o seu posicionamento junto de “três eixos importantes – Autoestrada 1, Estrada Nacional n.º 1 e a Autoestrada 13 – é uma vantagem em termos de mobilidade e um forte atrativo para que os empresários procurem este território”.
Nuno Moita destaca, por exemplo, a construção, já em tempo de pandemia, de uma nova e importante empresa no concelho, ligada ao cultivo de canábis para fins medicinais, a Cannexpor Pharma. Recorda que a sua instalação, numa zona contígua à Zona Industrial, está a decorrer de forma faseada. “Ainda não está a produzir mas quando começar a laborar vai criar mais de 100 novos postos de trabalho, para além daqueles que assegura já”, realça.
Para o autarca, o “avançar deste projeto foi uma notícia muito boa” para o concelho numa altura em que a pandemia levantava tantas preocupações. Congratula-se também pelo facto de as maiores empresas do concelho terem conseguido, de alguma forma, manter a faturação e o emprego.
“Neste momento, as empresas estão já a trabalhar em pleno e esperamos que isso se traduza num crescimento mais significativo no próximo ano”, realça, recordando que “o Município, para além do apoio que dá à Associação Empresarial, não teve nenhum apoio específico para as grandes empresas”, uma vez que as maiores necessidades surgiram nas “pequenas e micro empresas, que foram as mais penalizadas e as que mais sofreram com a pandemia e com o desacelerar da atividade económica”.
Mercado imobiliário a mexer
A par com a dinâmica a nível empresarial, Nuno Moita enaltece também “o franco desenvolvimento” que se verifica no mercado imobiliário, com “muitos novos edifícios em construção”, sobretudo na zona central da vila, onde estão a nascer “seis novos prédios, com quatro andares cada, o que representa muitos novos apartamentos.
O presidente diz que a procura se verifica também a nível do mercado de arrendamento, que “tem já pouca capacidade de oferta”. No seu entender, tudo isto são “sinais positivos, já que representa mais pessoas em Condeixa e maior dinamismo em todos os setores de negócio, apesar de criar também mais exigências a nível de infraestruturas e de meios por parte da autarquia”.