Na passada semana realizou-se, na Casa Municipal da Cultura, uma iniciativa para assinalar o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres e sensibilizar a comunidade para a gravidade de situações de violência contra a mulher.
Na sessão foram apresentados, pela vereadora da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), Ana Cortez Vaz, dados estatísticos sobre as vítimas de violência doméstica no concelho de Coimbra no ano de 2022 e no primeiro trimestre deste ano.
As informações foram fornecidas pela Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) de Coimbra e pela União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR), que estiveram representadas por Natália Cardoso e Bárbara Bento.
A vereadora da CMC explica que “tal como sucedeu a nível nacional, também o número de vítimas de violência doméstica no concelho de Coimbra aumentou em 2022 relativamente ao ano transato. Em 2021 foram registadas pelas Forças de Segurança 229 vítimas no concelho, enquanto em 2022 foram registadas 282. Houve, contudo, um decréscimo se compararmos com os registos de há 10 anos, que indicam 365 vítimas de violência doméstica.
Adianta ainda terem sido, no ano passado, registados “3637 atendimentos a 767 utentes no Gabinete de Apoio à Vítima da APAV de Coimbra e foram assinalados, ainda, 1306 crimes e outras formas de violência. A maioria dos agressores são cônjuges ou companheiros das vítimas e a maior parte das agressões ocorre na residência comum”.
Em 2022 foram apoiadas pelo Gabinete de Apoio à Vítima do Departamento de Investigação e Ação Penal de Coimbra e pela UMAR cerca de 108 vítimas, enquanto no primeiro semestre deste ano, já 93 pessoas tinham recebido ajuda.
Ana Cortez Vaz considerou que “o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres representa, pois, um momento significativo para unir forças na luta contra todas as formas de violência dirigida às mulheres. Nesse contexto, esta iniciativa pretendeu, também, destacar a importância da consciencialização, educação e sensibilização da comunidade sobre a gravidade da violência contra as mulheres e promover o diálogo e a reflexão sobre as maneiras de apoiar as vítimas e prevenir futuros casos”.
Na iniciativa participaram a APAV de Coimbra, a UMAR, o Gabinete de Apoio à Vítima do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) em Coimbra e a Akto – Human Righst and Democracy (Direitos Humanos e Democracia).