A Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra vai eleger, a 14 de maio, o novo jovem ‘chef’ que vai representar a região na competição “European Young Chef Award 2022”, que tem lugar a 12 e 13 de novembro, em Trondheim, na Noruega.
Os concorrentes, que vão ser avaliados por um júri composto por sete elementos, vão ter de confecionar um prato tradicional (entrada, refeição principal ou sobremesa) e um outro que será a inovação dessa mesma receita e que deve dar destaque aos produtos endógenos, “valorizando o território, as comunidades, a cultura e os produtos”.
As inscrições são gratuitas e devem ser efetuadas até à próxima sexta-feira (6 de maio), através da ficha disponível no ‘site’ (tastecoimbraregion.pt), onde constam as normas de participação.
A terceira edição do concurso é aberta aos alunos dos cursos da área de cozinha ou pastelaria, com idade compreendida entre os 18 e os 26 anos, ou àqueles que, cumprindo o critério de idade, tenham terminado o percurso de formação em cozinha/pastelaria há menos de um ano e sejam oriundos de um dos 19 concelhos da Região de Coimbra.
Inês Branco conquistou o júri com Arroz-Doce
A concorrente Inês Branco, de 18 anos, residente em Cantanhede, foi a vencedora da última edição do “Young Chef Award” e representou o território conimbricense na final europeia do concurso, na Região do Minho, com o Arroz-Doce e a sua reinterpretação inovadora, que intitulou de “Memórias de Infância”.
“Foi uma experiência única, desde a fase regional, a europeia à ida a Menorca em representação do país, pois permitiu-me conhecer pessoas novas e adquirir experiências e conhecimentos incríveis que levo para a vida”, disse a vencedora ao “Despertar”.
Segundo a concorrente mais nova na fase europeia, o grande desafio foi “estudar os produtos da região para conjugar com a minha inovação de modo a poder incluir no prato detalhes preciosos”.
“Consegui combinar sete elementos diferentes, onde ligava o gelado de arroz-doce com o pastel de Lorvão, um crocante de arroz, um favo de mel, que representava a serra, o licor de laranjeira e flor de laranjeira, que correspondia à cidade, e o gelatinado de hortelã, que simbolizava o mar e a sua frescura”, desvendou.
Já a maior dificuldade prendeu-se com “a superação dos medos e falhas enquanto profissional”. “Todos os concorrentes são ótimos e agarrar nos meus medos e avançar dando o meu melhor foi também um enorme desafio, porque a fasquia era muito alta, mas a verdade é que temos sempre algo novo para aprender e algo que podemos ensinar”, salientou.
A jovem deixou ainda alguns conselhos aos participantes para “estudarem muito bem a vossa região, concorrer numa área que vos dê prazer, pedir ajuda aos chefes das vossas entidades, praticar muitas vezes o prato e darem-no a provar”, recomendou Inês Branco, frisando que “é quando saímos da zona de conforto que crescemos e evoluímos mais, por isso continuem a investir no vosso prato por mais elevado que fique o nível do desafio”.
A iniciativa, apoiada pelo Programa Valorizar do Turismo de Portugal, está integrada na distinção “Região de Coimbra: Região Europeia de gastronomia 2021-2022” e é organizada pela CIM da Região de Coimbra, em parceria com a Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra.
O concurso “European Young Chef Award” foi criado pelo Instituto Internacional de Gastronomia, Cultura, Arte e Turismo e tem como objetivos promover a inovação na gastronomia tradicional, os sistemas alimentares locais, regionais e globais sustentáveis.