A Câmara Municipal de Coimbra prevê um investimento de 33 milhões de euros na promoção e regeneração urbana na próxima década. A Estratégia Local de Habitação (ELH) está concluída e foi analisada e aprovada pelo executivo na reunião de segunda feira, seguindo depois para aprovação da Assembleia Municipal, estando a próxima sessão marcada para 29 de dezembro, às 14h00, na antiga Igreja do Convento São Francisco.
Depois de aprovada, irá constituir-se como o elemento de suporte à elaboração de uma candidatura a financiamento no âmbito do programa do Governo “1.º Direito – Programa de Apoio ao Acesso à Habitação”.
Segundo a autarquia, este investimento contemplará o “coração” da cidade mas pretende criar também mais oferta de arrendamento através da construção e reabilitação de imóveis que permitam aumentar a oferta de habitação. Definida para um horizonte temporal de 10 anos, a ELH define prioridades a curto, médio e longo prazo, contemplando, em síntese, três grandes objetivos – responder às carências habitacionais graves, tornar o mercado mais acessível e reabilitar e requalificar o parque habitacional.
Para responder a estas premissas, a Câmara de Coimbra prevê, por exemplo, construir, até 2024, três novos empreendimentos municipais (em Santa Eufémia, na Fonte do Castanheiro e na Estrada de Vale de Figueiras), mas também continuar com a requalificação dos bairros municipais, o que tem sido uma marca do atual executivo municipal, que investiu já cerca de 11 milhões na requalificação dos bairros municipais da Rosa, Conchada, Ingote e Celas.
“Esta ELH tem um caráter evolutivo e adaptativo de modo contínuo, contemplando as carências habitacionais existentes no seu território e cujo aperfeiçoamento culminará com a Carta Municipal de Habitação, conforme previsto na Lei de Bases da Habitação”, explica o Município.
Para a concretização deste trabalho que procedeu ao diagnóstico das carências habitacionais em todo o território do concelho, e que contou com a participação das Comissões Sociais de Freguesia, de modo a garantir um retrato fiel da realidade local, a autarquia contratou um serviço especializado à Urbe – Núcleos Urbanos de Pesquisa e Intervenção, que representou um investimento de 17.217,54 euros.