Seis estabelecimentos da Rua Direita, na Baixa de Coimbra, promovem, hoje e amanhã (3 e 4 de julho), o 1.º Festival das Sopas, um evento que surge com o objetivo de dinamizar esta rua da cidade numa altura em que são visíveis os efeitos negativos que a pandemia está a ter a nível económico.
Organizado pelos comerciantes daquela rua e pelo Centro Comunitário de Inserção da Cáritas (CCIC) Diocesana de Coimbra (ali instalado), com o apoio da Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra (APBC), este evento vai começar às 17h00 de hoje e prolonga-se amanhã, entre as 12h00 e as 23h00, convidando assim a população a ir à Baixa na véspera e no Dia da Cidade.
Carmina de Matos, Pet & Tea, O Boteco, O Sérgio, Capas Negras e a Churrasqueira da Baixa são os estabelecimentos que aderem a este evento e que vão confecionar as sopas que serão servidas, todas elas diferentes. Os visitantes vão poder degustar todas estas seis sopas, de forma gratuita, tendo apenas que comprar o kit de tigela e colher, no valor se cinco euros. A pensar nas famílias, há também um kit de três unidades por 12 euros e outro de cinco por 15. Com a mesma tigela podem, nos dois dias, percorrer todos os restaurantes. O único custo que terão é com o kit e com outras iguarias que queiram saborear, como outros pratos, bebidas ou sobremesas.
Durante a apresentação do evento, Helena Palrinhas, do CCIC, explicou que este Festival surge para promover a Rua Direita, de forma a “combater o estigma e a dar-lhe a dignidade que merece”.
A rua vai enfeitar-se para receber os visitantes, com um caminho de pedras pintadas pelos utentes do Centro que vai ligar a Praça 8 de Maio à Rua Simões de Castro e também com alguns adornos feitos em crochet. Será também acautelado o distanciamento social, de forma a que as pessoas possam desfrutar deste Festival e da Baixa salvaguardando a saúde.
Sobre a participação da Cáritas, Helena Palrilhas sublinhou que a instituição “está muito virada para a comunidade” e recordou que os empresários a ajudaram muito durante a pandemia. “Não gostaríamos de ver esta rua fechada por os comerciantes terem de encerrar os seus negócios”, frisou.
Assunção Ataíde, presidente da APBC, felicitou os promotores deste evento e sublinhou que todos os “projetos que sejam fontes de estimulação” da Baixa contarão com o apoio da Agência. Espera, por isso, que este seja o primeiro de muitos festivais e que possa inspirar também outras realizações que envolvam toda a Baixa.