A plataforma lançada, na semana passada, pela Câmara de Coimbra registava, anteontem, 171 respostas. De acordo com os dados do Município, havia já 89 famílias dispostas a receber refugiados ucranianos, sendo que, destas, 19 têm disponíveis segundas habitações.
As ofertas de apoio são, contudo, mais abrangentes, registando a plataforma também oito ofertas de emprego, 12 para tradução e interpretação e 11 para apoio psicológico aos refugiados que se queiram instalar em Coimbra.
Estes números, fornecidos a “O Despertar” pela autarquia, referem-se a anteontem, precisamente uma semana depois de ter sido criado este banco de famílias. Com esta iniciativa, a Câmara de Coimbra pretende averiguar a disponibilidade de particulares para apoiar ucranianos que fogem da guerra no seu país.
Este é mais um apoio que o Município, com o envolvimento da comunidade, assegura. De referir que, na segunda feira, partiu de Coimbra um camião com bens recolhidos pela autarquia para a Polónia, junto à fronteira com a Ucrânia.
No local, o presidente da Câmara, José Manuel Silva, sublinhou que esse era apenas “um passo” que a autarquia dava no apoio ao povo ucraniano, salientando que a autarquia está a sinalizar famílias com disponibilidade para acolher refugiados estando também à procura de outros locais que os possam acolher.
A Coimbra já chegaram “uma dúzia de refugiados através de pessoas conhecidas”, referiu o autarca, explicando que o Município já contactou a Embaixada da Ucrânia, disponibilizando-se para receber “mais refugiados”.
“Estamos a desenvolver contactos [e a identificar espaços] para termos boas condições para receber mais refugiados”, frisou, salientando que o concelho tem capacidade para receber várias centenas de refugiados.
No entanto, José Manuel Silva sublinhou que o maior desejo de Coimbra “é que a invasão da Ucrânia termine”.