O CEARTE – Centro de Formação Profissional para o Artesanato e Património realizou recentemente dois seminários sobre tendências de moda, decoração, design e mercado para o artesanato. Estes eventos surgem no âmbito da sua missão de capacitação dos artesãos e de desenvolvimento do setor do artesanato e do património em Portugal e foram desenvolvidas em parceria com o Loulé Design Lab (um laboratório de criação, investigação e experimentação para artesãos e indústrias criativas ancorado no design aplicado à cultura local) e o Programa Powering Arts & Crafts, da Fundação Eugénio de Almeida, que apoia cerca de 100 artesãos do Alentejo.
“É hoje reconhecido que o artesanato é um dos principais ativos patrimoniais, culturais e turísticos do país, pelo que assistimos ao ressurgimento do interesse pelo artesanato e pelo produto artesanal, pelo seu caráter autêntico e pela sua dimensão identitária, o que desencadeia o interesse pelas suas técnicas de produção, que voltam a ser utilizadas e podem ser reinventadas, adaptadas ou aprimoradas”, explica o CEARTE.
O Centro considera que o “grande desafio” que hoje se coloca e ao qual procura dar resposta, através da formação profissional, da qualificação e capacitação dos artesãos e do serviço do CEARTE AID Lab’s, passa por “preservar os saberes e manter as produções tradicionais, conjugadas com a inovação e a modernidade”, de forma a garantir produções artesanais mas com produtos “inovadores, atraentes e adaptados aos mercados atuais”.
Estes seminários visaram, por isso, o aumento de competências dos produtores, através da diversificação de ferramentas, indispensáveis ao “renascimento” pretendido. Para o CEARTE esse objetivo só se “consegue através da formação, informação, conhecimento e competências”, sendo esta a atividade que o centro desenvolve diariamente.