Por Lino Vinhal
O almoço dos “Românticos” da Casa dos Pobres, na semana passada, registou uma afluência que, não tendo sido a maior de sempre, foi uma das maiores. Entre 150 a 170 pessoas foram lá almoçar e não deixa de ser interessante verificar que, a par de muitas pessoas que são presença regular em todos estes almoços/convívios, outras há que ali vão mais ocasionalmente, sempre que as circunstâncias lho permitem. Umas vezes vão mais, outras vezes vão menos, mas são sempre muitas, felizmente. Interessante também o entrelaçamento social que se verifica, já que não há nenhum estrato social que se evidencie. Umas pessoas, das que vão, viverão com mais dificuldade. Outras preencherão a classe média da sociedade, outras, ainda, ocupam das mais destacadas funções no país. Neste último almoço vimos por lá professores universitários, advogados, magistrados (um deles até Conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça). Isto é gratificante e renova, mês após mês, a esperança no futuro da própria Casa dos Pobres. Bem andou, pois, quem criou esta iniciativa, esta e outras que trouxeram à nossa consciência coletiva esta tão decisiva Instituição de Solidariedade Social.
Não estabelecendo uma relação de causa e efeito, não deixamos também de manifestar a nossa convicção de que os artigos publicados neste semanário, todas as semanas, possam contribuir para manter viva e acesa a chama desta Causa. Por aqui se vê também a importância dos textos que temos pedido a diversas figuras da nossa cidade, sensibilizando o coletivo que somos, e desta forma estarmos cada vez mais atentos a estes nichos de necessidade, perante os quais não podemos fechar os olhos. Nem a alma.
Seja-nos também permitido recordar que a regulamentação do IRS, que todos andamos agora a tratar, permite destinar uma pequeníssima percentagem a uma instituição desta natureza e da nossa preferência. Custa-nos muito, enquanto Jornal, sugerir destinatários dessa pequena verba, já que todos precisarão por igual. Quando a necessidade é muita só há uma opção: ajudar seja quem for e da forma como for. Não vamos por isso pedir ou sugerir que se olhe apenas para a Casa dos Pobres. Mas vamos pedir e sugerir que se olhe também para a Casa dos Pobres. Ela precisa mesmo de todos nós. Ela merece mesmo um pouquinho mais de esforço de cada um. Obrigado a todos.