Três associações do setor juntaram-se para criar a Casa do Cinema de Coimbra, um espaço que pretende colmatar a falta de resposta de programação alternativa na cidade, ao mesmo tempo que reativa a “histórica” sala das Galerias Avenida, encerrada há 12 anos.
Este é um projeto do festival de cinema Caminhos, numa coprodução com a Fila K Cineclube e com o Centro de Estudos Cinematográficos (CEC) da Associação Académica de Coimbra, que arrancou anteontem e tem programação fechada para os próximos dois meses. De acordo com Tiago Santos, da Direção do Caminhos, há a garantia de que a Casa do Cinema possa funcionar até ao final do ano nas Galerias Avenida, mas o objetivo é que o espaço consiga manter-se para lá de 2021.
“Este vai ser um espaço de reunião e uma casa funciona sempre com esse dinamismo, em que os vários inquilinos e habitantes se encontram. Também acaba por ser uma casa, porque vai dar teto a várias associações do setor”, salientou.
O Fila K vai ficar responsável por programar as terças-feiras, o CEC as quartas e o Caminhos as sextas, estando ainda reservadas as manhãs do terceiro sábado de cada mês para matinés infantis, explicou.
Não é por acaso que a Casa do Cinema de Coimbra não vai ter sessões à segunda-feira (dia habitual de programação de cinema do Teatro Académico de Gil Vicente), salientou Tiago Santos, realçando que estão em “estreito contacto” com esse espaço cultural da cidade para que haja um esforço conjunto “na formação contínua de públicos”.
Os bilhetes têm um custo de três a quatro euros por sessão, sendo ainda possível comprar 10 ingressos por 20 euros e um livre-trânsito mensal de 30 euros.
“Vocês, os Vivos”, de Roy Andersson; “A Promessa”, de António de Macedo; “Bom Povo Português”, de Rui Simões; “E Agora? Lembra-me”, de Joaquim Pinto; e “A Cidade Viscosa”, de John Huston, são alguns dos filmes que marcam o arranque da nova Casa do Cinema.