Mais de 500 foliões participaram, no domingo, no corso carnavalesco do Bairro Norton de Matos. A Junta de Freguesia de Santo António dos Olivais, promotora deste evento que tem já grande tradição na cidade, congratula-se com a adesão surpreendente, que ultrapassou largamente os participantes inscritos, mostrando que há cada vez mais pessoas a mascararem-se e a juntarem-se ao desfile, individualmente e de forma voluntária.

O presidente da Junta, Francisco Andrade, lembra que este “é um Carnaval ‘sui generis’”, que respeita a tradição da cidade. “Coimbra deve respeitar aquilo que sempre teve consigo. A Queima das Fitas é de Coimbra, o fado também é nosso e as tradições não se podem perder, incluindo a do Carnaval”, sublinhou.

Em pleno ambiente de animação e folia, explicou que este corso não pretende “imitar ninguém”, deixando de fora os “carnavais brasileiros e outros que possam alterar a filosofia” do corso promovido pela Junta dos Olivais, que pretende manter viva a essência desta realização, “recordando o passado, continuando a manter um Carnaval genuíno, onde as pessoas participam de maneira simples e descontraída”.

Para Francisco Andrade, este é “um Carnaval totalmente português”, típico de Coimbra e que “honra as suas tradições”.

Com S. Pedro a abrilhantar o dia, domingo foi mesmo de festa no Bairro Norton de Matos. A desfilar pelas ruas estiveram mais de 500 foliões e na assistência muitas centenas também. Criativo e original, o corso trouxe para a rua temas da atualidade, como o da defesa do ambiente e da água, mas também outros, assuntos sérios mas tratados aqui de forma leve e criativa, já que é assim que também se faz a sensibilização.

Em termos de participação, este foi o maior de sempre, com cerca de 25 grupos inscritos, envolvendo um total de mais de 500 foliões. Tal como manda a tradição, não faltaram também os reis, com o mágico Telmo Melo a partilhar o trono com Gelis Gonzalez, uma jovem basquetebolista cubana que joga atualmente no Olivais Futebol Clube.

Pelas ruas, não faltaram as atrações habituais, como as farturas, as pipocas e outras iguarias. A festa estendeu-se também ao comércio local, que esteve de portas abertas com uma oferta reforçada, contribuindo assim para a diversão de todos mas também para a dinamização da economia local.

O Carnaval do Bairro Norton de Matos, que Francisco Andrade quer que se continue a afirmar como “o Carnaval de Coimbra”, foi, portanto, um sucesso, fazendo justiça ao seu longo historial.