O Município de Cantanhede destruiu, no ano de 2019, 388 ninhos da vespa velutina, de um total de 666 desde 2015, ano em que foi identificado o primeiro caso na Freguesia de Murtede.
O resultado surge na sequência do investimento feito pela Câmara Municipal na resposta ao combate da espécie “quer através do investimento em meios que permitiram intensificar a sua eliminação, quer melhorando os mecanismos de deteção, vigilância e controlo”.
Face ao problema, a autarquia adquiriu um equipamento que facilita a destruição dos ninhos durante o dia. Trata-se de uma “arma” de ar comprimido que injeta nos ninhos um inseticida em forma de cápsulas de “libertação controlada”, que permite atuar de forma mais rápida e eficaz, chegando às árvores e a estruturas muito altas. É de salientar que a mesma beneficiou de um apoio de 10 mil euros relativamente a uma candidatura aprovada pelo Instituto de Conservação da Natureza e Florestas.
De acordo com a autarquia, o aparelho está devidamente licenciado pela Polícia de Segurança Pública (PSP). No entanto, o município afirma ainda que mantém todos os outros equipamentos anteriores, assim como as equipas necessárias para à eliminação da praga.
O processo de eliminação da vespa velutina funciona da seguinte forma: logo que os técnicos recebam o alerta, vão efetuar uma visita de reconhecimento de modo a confirmar a localização do ninho. Depois de avaliado qual o melhor método para o remover, é agendado um dia para a sua destruição. Se necessário, é possível contar com a colaboração da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários e do seu veículo de autoescada.
Este problema tem vindo a ser resolvido de acordo com o “Plano de Ação para a Vigilância e Controlo da Vespa Velutina em Portugal”, desenvolvido pela Direção-Geral de Alimentação e Veterinária e pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, com o contributo do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária.