A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), a Guarda Nacional Republicana (GNR) e a Polícia de Segurança Pública (PSP) promovem, até segunda feira, a campanha “Phone Off – A conduzir não uses o telemóvel”. Inserida no Plano Nacional de Fiscalização de 2021, esta ação visa alertar os condutores para as consequências negativas e mesmo fatais do uso indevido do telemóvel durante a condução.
De acordo com os números divulgados, em 2020 foram registadas 23.038 infrações por manuseamento do telemóvel durante a condução, o que corresponde a uma média de cerca de 63 infrações por dia.
Estudos científicos equiparam o uso indevido do telemóvel à condução sob o efeito do álcool, com consequências muito parecidas na atenção e na capacidade de reação. Com o intuito de reduzir este comportamento, as alterações ao Código da Estrada, em vigor desde 8 de janeiro deste ano, duplicaram os valores das coimas, que vão dos 250 aos 1.250, com subtração de três pontos na carta em vez dos dois anteriormente previstos.
Esta ação de sensibilização, que arrancou na terça feira e prossegue até segunda, inclui ações de sensibilização da ANSR e operações de fiscalização, pela GNR e pela PSP, com especial incidência para vias e acessos com elevado fluxo rodoviário, de forma a contribuir para a diminuição do risco de ocorrência de acidentes e para a adoção de comportamentos mais seguros por parte dos condutores no que tange à utilização de aparelhos eletrónicos.
De acordo com a ANSR, a utilização do telemóvel durante a condução aumenta quatro vezes o risco de ocorrência de acidente de viação; a execução de duas tarefas em simultâneo – conduzir e utilizar o telemóvel – provoca lapsos de atenção e erros de avaliação; e o uso de aparelhos eletrónicos durante a condução causa dificuldade na interpretação da sinalização e desrespeito das regras de cedência de passagem, designadamente em relação aos peões.
Esta campanha integra o Plano Nacional de Fiscalização, enquadrado no Plano Estratégico Nacional de Segurança Rodoviária – PENSE 2020, que tem como desígnio “tornar a segurança rodoviária uma prioridade para todos os portugueses”.
“A sinistralidade rodoviária não é uma fatalidade e as suas consequências mais graves podem ser evitadas através da adoção de comportamentos seguros na estrada”, alerta.