Que a Vida rime com o que eu quiser!
Com borboletas brancas e gaivotas,
Pousadas no olhar meigo da Mulher
Que fez com que eu voasse novas rotas!
Com lágrimas de seda, ou do que houver,
Brotando do silêncio – dessas notas
Que são iguais aos versos que eu disser,
Ou às crianças, dando cambalhotas!
Que a Vida rime, sim (sem que haja rimas
À mercê desses poetas-de-água-doce),
Com fantasia iradamente calma!
Com ódios e paixões, amores e estimas!…
– Tudo o que após a Morte mais não fosse
Do que um beijo, Mulher, na tua alma!
27/5/2023 Paulo Ilharco