Alda Belo tem uma visão neoclássica da sua pintura e um comportamento com a sua estética, aperfeiçoando a todo o instante o corpo do desenho, da figura, o seu mundo especial numa corrente antropológica que é a sua filosofia, explicando o “ser sensível” através da poesia como poeta que é com cinco livros editados.
Esta artista faz parte do ciclo de ouro com José Berardo, Contente, Américo Diniz, Mário Silva, Susan Harrison, Jacquelie Mois, Pedro Olaio (Filho), Cunha Rocha, Luís Pimentel, Eliseu (Filho), Pedro Olaio, Hébil e outros, como Vasco Berardo.
Alda Belo capta o seu mundo especial para formar na paleta a sua idiossincrasia e as zonas do subconsciente em exposições memoráveis na década de 90 do século passado numa afirmação universalista da arte de Coimbra.
Expôs fora dos nossos muros: Porto, Guimarães e as terras da província a Beira Litoral e da Beira Alta.
No Porto, Lisboa, Figueira da Foz expôs com alguns colegas, Penicheiro, Mário Silva, J. Berardo ou Cunha Rocha.
Atualmente retirada deste afã ainda pinta, de vez em vez, para prazer dos fiéis amigos seus admiradores.
Sónia Brazão
O eterno feminino, a mulher mãe, filha, noiva, é quase uma filosofia plánica como consegue mostrar o sortilégio feminino em mil cambiantes. Vale sempre a pena recordar o seu desenho e todos os fenómenos psíquicos da mulher e onde a paisagem tem um lugar de destaque.
Premiada, é das artistas mais reputadas da cidade do Mondego. Prestigiada pintora. A sua finalidade é criar em cada quadro a beleza sem falsas leis da moral, na autenticidade do seu estro, numa arte liberta e sem ser escrava de teologias.
Daí o merecimento enorme da pintura de Sónia Brazão, psicóloga de profissão e enche o nosso chato quotidiano e evita o stress dando relevo às nossas experiências críticas, reais ou oníricas como a sua pintura tivesse a finalidade de fazer mais belo este mundo de psicoses e de medo do ato de existir.
Onde estiver Sónia Brazão a expor por este país fora, a Lusa Atenas é falada e discutida.
É uma pintora que elimina pelo traço e pelo volume as sombras dos nossos abismos.
Das suas telas escorre beleza!
Esteve na Península Ibérica, França e, de vez em vez, acorda e vai pelo país adentro, mostra outros cambiantes do Homem inserido na sociedade.
Isabel Jacob
Tentou na sua ânsia multivária a pintura e nasceram meia dúzia de quadros numa linha neo-realista, a bem dizer barroca que divulga no traço o seu desvio fantasioso a bem-aventurança duma mulher médica de profissão numa atitude da beleza do húmus da terra transfigurado em pequenos poemas a lembrar poesia, amor, alegria, sentimento, a secreta inspiração dum amor de mulher pela coisa bela tomista.
E a arte é a coisa bela para S. Tomás de Aquino!
Isabel Jacob se se dedicasse essencialmente à pintura seria exatamente uma realidade interessante no global das suas ideias.
A riqueza ativa duma médica, que vai por dentro das coisas como na mostra que vimos há anos ou a facilidade do manejo ou mesmo da técnica é, a bem dizer, uma sintonização poética, por um sonho objetivo no culto da forma e do conteúdo.
Há um movimento no processo para consciencializar a pintura, na expressão formal ou no provável jogo soberbo como pode usar a própria identidade da “sua pintura”.
A pintura desta artista – e até pela sua atividade como médica – é compreendida por uma sintonização poética como vimos pela primeira vez em Miranda do Corvo.