Nove ilustradores de Coimbra pintaram as montras de nove estabelecimentos comerciais da Baixa da cidade, numa mostra original e criativa que pretende aliar arte, património e comércio.
Apresentada na segunda feira, a “Rua Marquise” sai pela primeira vez para as ruas da cidade, procurando celebrar, neste ano atípico, o trabalho de alguns ilustradores de Coimbra e, ao mesmo tempo, contribuir para um maior dinamismo das lojas do “coração” da cidade.
Promovido pela Casa da Esquina desde 2016, este evento surge agora num modelo diferente, ajustando-se aos condicionalismos impostos pela pandemia. Extravasa assim as portas da Casa da Esquina e “invade” a zona histórica, numa exposição coletiva que, como explicou Filipa Alves, “estimula a ida à Baixa e ao comércio local”, abrangendo “uma boa parte da geografia” deste território.
A Casa da Esquina lançou o desafio à Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra que o aceitou de imediato, como contou a presidente. Assunção Ataíde considera que esta parceria vem “reforçar o que a APBC pretende, ou seja, potenciar o comércio, atrair visitantes e aliar arte e património”.
Tal como tem sucedido noutros eventos recentes, foi criado uma espécie de mapa, onde os visitantes podem conhecer os estabelecimentos aderentes e os respetivos ilustradores. Ao todo, são nove os ilustradores que criaram as suas peças de arte em outros tantos estabelecimentos comerciais, num trabalho ao vivo que pôde ser apreciado e acompanhado pelo público. O resultado final está agora em exposição e pode ser visitado até 16 de janeiro.
FarmaVida, Pet &Tea, No Tacho, A Camponeza, Pastelaria Visconde, Gang of Four, Gelararia Cosi, Fangas e Pastelaria Briosa são os estabelecimentos que estão agora transformados em “galeria dedicada à ilustração”, estando as ilustrações a cargo de Tiago Dinis, Ana Beatriz, Miguel Ruivo, Marco Moura, Constança Duarte, Ricardo Ladeira, Joana Corker, João Oliveira e André Caetano, respetivamente.
Todos eles tiveram como ponto de partida o tema da “comunidade” para “celebrar a nossa cidade e os artistas que cá trabalham e residem”, ao mesmo tempo que evidenciam a importância do comércio local numa altura do ano habitualmente de maior movimento.