Amanhã é tempo especial para comemorar a LIBERDADE e a DEMOCRACIA readquiridas em Portugal em 1974. A pandemia, devido ao coronavírus (covid 19), limita os locais e a densidade das pessoas a assinalarem publicamente a data. Nos últimos quarenta dias os portugueses – com os conimbricenses a merecerem destaque – evidenciaram uma atitude cívica notável ao estarem em casa. TODOS EM CASA ou todos exceto os que estavam em serviços fundamentais e que não puderam parar, mostraram uma atitude elevada de civismo, de liberdade com enormíssima responsabilidade e democracia. Os que foram eleitos para servir o povo escutaram os especialistas em SAÚDE e tomaram medidas para o BEM COMUM.
A intervenção aqui e ali necessária das forças policiais para anularem as exceções ao cumprimento da regra de confinamento constituíram uma autoridade democrática: igualmente ao serviço do POVO. E nós somos um dos países mais antigos com uma identidade vincada e capaz de dar a volta por cima em situações nevrálgicas. Foi assim com a Independência; foi assim com a Restauração; foi assim a 25 de Abril de 1974. Olho para a cidade de Coimbra e para este verdejante Baixo Mondego e observo uma área territorial que colheu benefícios com a Revolução de Abril e com a integração na União Europeia.
O país está mais confiante nas suas capacidades, de um modo geral as pessoas têm mais competências e mais conhecimentos. E continuam a distribuir sorrisos, mesmo nesta hora difícil por causa da mundializada crise sanitária, tal como se distribuíram, em justa abundância, cravos vermelhos para honrar o 25 de Abril nas comemorações anteriores.
Os turistas estrangeiros gostam de Portugal pela hospitalidade do seu POVO, pela singularidade de quem aqui vive, pelo nosso sol. E agora, com esta crise da COVID-19, julgo que muitos estrangeiros estão bem impressionados com a forma como Portugal tem respondido (bem) ao nível da Saúde. Portugal é já um caso de estudo pela forma como está a lidar com a pandemia. Estamos em Coimbra uma cidade considerada CIDADE DA SAÚDE ou CAPITAL DA SAÚDE onde há profissionais de excelência e na qual pontificam investigadores e cientistas de alta craveira. O que nos reservará o futuro com estes cenários e condições? Sem esquecer uma palavra solidária para com os que estão ainda a sofrer desemprego, fome, dificuldade em reatarem as suas atividades comerciais, industriais e de serviços, ouso projetar o meu otimismo para uma QUASE CERTEZA de que a nossa cidade e região vão em breve ter um boom de recuperação e de afluência de turistas estrangeiros porque aqui, além de engenho, encontramos SERVIÇOS DE SAÚDE DE EXCELÊNCIA e percecionamos o quão bem até agora temos estado a controlar a pandemia: melhor do que os vizinhos espanhóis, os franceses ou os italianos, por exemplo.
Para festejar ABRIL saiam, jorrando feericamente, sorrisos, otimismo, cravos, sardinha assada, fados, arroz-doce, o engenho dos nossos empresários e a capacidade de nos reinventarmos e LEVANTARMOS HOJE DE NOVO O ESPLENDOR DE PORTUGAL. Bem-comportados, livres e heróis, higiene e segurança, MÁSCARA, DISTÂNCIA SOCIAL SEMPRE CUMPRIDA, MÃOS LAVADAS E LUVAS, CUIDADOS MÁXIMOS, vamo-nos ajustar, em Coimbra e no país, à nova realidade social e laboral. Vamos em frente: há um mês escrevemos FORÇA PORTUGAL; quinze dias depois enunciámos AGUENTA PORTUGAL; e agora, com otimismo e atentos aos cuidados prescritos, podemos dizer AJUSTA-TE PORTUGAL: aos poucos, com novas regras e este fervor do nobre povo português vamos ser nação valente e imortal…com este perfume de abril que é também solidariedade e afetos que podemos observar entre a sede da mais recôndita freguesia e o salão nobre adornado com colchas e colgaduras dos municípios das cidades mais cosmopolitas com relevância para Coimbra, Chama da Pátria, Génese de Abril, Ninho de Cientistas, Referência da Saúde, Cidade do Fundador do Serviço Nacional de Saúde: sem esquecer os heroicos militares; desta vez os cravos vermelhos ficam no bico das seringas.