Infelizmente, no momento presente, a tendência é para a deterioração progressiva da biosfera, a uma cadência alarmante.
Uma das maiores ameaças é o aumento da radioatividade resultante do aproveitamento, mesmo pacífico, da energia nuclear, aumento que tem um efeito mutagénico, que vai afetar, de forma progressivamente mais grave, o capital hereditário do Homem e dos outros seres vivos. Esta ação sobre os genes afeta diretamente a evolução biológica futura da Humanidade. Nunca se esteve tão perto da destruição quase total, ou mesmo total. E seria possível uma nova Humanidade? (cfr. “A ameaça do inverno nuclear” – Documentation Catholique, de 1982).
As referências históricas que deixámos para trás, podendo ser objeto de crítica, por que fastidiosas, foram descritas intencionalmente, para levarem a fixar na memória dos cidadãos mais absortos qual o leitmotiv que gerou cada um daqueles conflitos ou perseguições, muitos dos quais para gáudio e ambição dos agressores.
Dispondo, atualmente, de armamento sofisticado e de rápida propagação que, com uma simples ignição, pode destruir grande parte da humanidade, bastando para tanto que uma qualquer louca autocracia, em estado psicológico depressivo ou alucinatório acione tal mecanismo. Já que não será possível sensibilizar os “donos do poder”, dos países tradicionalmente belicosos, para se moldarem às políticas do pacifismo, então centrem a atenção nas crianças, em idade escolar, e nos jovens até ao topo da formação académica, em quem devem apostar incondicionalmente, para lhes ministrarem, de forma clara e persistente, uma disciplina específica (v.g. Cidadania isenta e pura) do Valor Supremo da Natureza Humana e que, por isso, devem cultivar bons sentimentos, serem compassivos, pautarem-se pelos bons costumes e serem defensores da paz, da ordem e, por qualquer razão, não devem recorrer à foça armada contra o seu semelhante, salvo em legítima defesa ,“in extremis”.
Tal formação seria complementada com o recurso ao audiovisual, sobre a origem e desenvolvimento dos conflitos armados e o processo de os debelar, visando a sua formação psíquica, cultural e social, mentalizando-os para adotarem o pacifismo em todos os atos da sua existência. Dirão, por certo, os mais pessimistas que este“ relambório” não passa de uma panaceia, ao que retorquiremos que na inércia é que não podemos esperar melhores dias, pelo que apostamos na formação dos ativos de amanhã, contribuindo eficazmente para moldar mentalidades, pondo assim em prática uma IMPRETERÍVEL REFORMA DO SER HUMANO.