24 de Abril de 2025 | Coimbra
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CLARA CORREIA

40 anos, diariamente…

6 de Agosto 2021

Queridos leitores, este ano celebro 40 anos de escrita de diário(s)!

Na minha cabeça ficou gravado que comecei a escrever, “mais a sério”, quando tinha 12 anos, embora me pareça que fui “escrevinhando” uns anos antes.

Ao longo de todos estes anos os meus caderninhos (e as minhas canetas) foram mudando.

Comecei por escrever naqueles caderninhos que tinham uma chave e eram muito “secretos”; hoje em dia gosto muito de escrever em caderninhos moleskine e acho que já merecia um patrocínio porque consumo dois caderninhos por ano (à minha frente tenho os últimos sete caderninhos que enchi de letras).

Comecei por escrever com as velhinhas canetas BIC, de cor azul; hoje escrevo com as novinhas canetas japonesas, também de cor azul, que gosto de comprar na Rua do Carmo, em Lisboa. Tenho três canetas distribuídas pelos principais “lugares de escrita” e há sempre stock de cargas na(s) casa(s) onde saboreio a vida.

Ao longo de todos estes anos o meu estilo de escrita mudou muito…

…nos primeiros anos descrevia os meus dias e “conversava” com o diário, que era uma espécie de amigo.

…nos segundos anos, ou seja, a partir do início da minha vida universitária, aquele tempo em que o jornal “O Independente” era o meu grande companheiro, o diário passou a ser um “campo de treino de escrita”. Ao longo das suas páginas tentava, com pouco sucesso, imitar a escrita do Miguel Esteves Cardoso.

…nos terceiros anos a carreira profissional começou e o diário passou a registar experiências de vida pessoal e profissional. Assumiria assim o importante papel de “memória externa” da Clarinha. Ao longo das suas páginas viajei por amigos, empregos, culturas e países, estando (quase) tudo registado com as letrinhas que foram saindo o meu “coração azul”. Nestes anos quem mais me inspirou na forma de escrever foi a jornalista espanhola Maruja Torres.

O sonho de escrever num jornal foi-se realizando quando, pontualmente, ia publicando em espaços de “voz ao leitor”. Tive a felicidade de publicar pela primeira vez no nosso O Despertar ainda no tempo em que o Primo Fausto era o seu Diretor.

Muitos dos 322 textos que aqui publiquei, ao longo dos últimos 13 anos, nasceram nas páginas dos meus diários…

Hoje, quando escrevo no meu diário o meu maior desafio é escrever alguma coisa que me apeteça ler…

Hoje, quando escrevo no nosso jornal o meu maior desafio é conseguir “roubar” um sorriso aos meus muito queridos leitores…

Que giro que seria se a Clarinha continuasse a escrever por mais 40 anos, diariamente…


  • Diretora: Lina Maria Vinhal

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