1.MÉDIACRACIA.
Debulham-se notícias como quem tira da espiga os grãos de milho, mas ninguém clama “é milho-rei, milho de grãos vermelhos, o que permitiria beijar a quem assiste”. Agora, neste pequeno país, temos uma debulhada de notícias em que os temas são quase sempre os mesmos, os comentadores também e jorra, de vermelho, não é a cor do milho, mas a do sangue ou preocupação e até instabilidade, motivadora, às vezes, de algumas confusões: e ansiedade no povo-destinatário. Não ponho em causa o rigor e o desejo de bem servir com independência e isenção, mas não gosto, muitas vezes, do ângulo de focagem da notícia. Vários canais de informação televisivos e centenas de estações de rádio implicam o predomínio do audiovisual com perda de terreno (esperada) do suporte papel. A MÉDIACRACIA já se instalou há anos por cá. O problema é que em suporte papel há tempo, se necessário, para uma reflexão e para reler. Som e imagem volatilizam-se embora possam ser armazenados para consumo posterior, mas não é a mesma coisa. Preocupa-me, igualmente, um decréscimo da abordagem de temáticas regionais e locais nos média nacionais. Lisboa e Porto obscurecem cada vez mais o resto do país. Até na Informação.
2.LISBOA SALOIA
Em Lisboa solicito o código para entrar na casa de banho de uma pastelaria na qual sorvo um aromático café. O empregado dá-me o código em inglês. Uma água, pouco depois, solicitada no balcão de um outro bar, e o funcionário responde-me em inglês. Lisboa é saloia. Turismo em bicos de pés.
Amanhã, dia 21, pelas 15 horas, na Casa do Povo de Fonte de Angeão, Vagos, é lançado o livro DE PORTUGAL A TIMOR, de autoria do Dr. João Rocha; e prestada homenagem a seu Pai nascido há 110 anos a 18 de janeiro de 1913 na Fonte de Angeão, na altura, freguesia do Covão do Lobo. O Dr. João Rocha (Pai) foi presidente do município de Vagos no início da década de 50, presidente da câmara de Pombal, secretário do Governo Civil de Aveiro, Inspector-Orientador do Ensino Primário e primeiro diretor do Ciclo Preparatório de Ílhavo. Licenciado pela Universidade de Coimbra, fundou o Colégio de Vagos, a Escola Preparatória de Pombal e foi cofundador do Colégio Santa Cruz de Coimbra entre diversas atividades. É justo reconhecer-lhe o mérito. Em breve faremos uma entrevista ao filho, concordam?
4.CENTRO HISTÓRICO DE MONTEMOR
A vetustez de Montemor-o-Velho precisa de ser acarinhada e isso passa pela recuperação de edifícios e um cuidado intenso com as fachadas. Algo está a ser feito. Ao passear, perto da Igreja de São Martinho, observei uma placa, num edifício alvo a contrastar com o rosado sol poente a projetar-se na água que cobre os arrozais, a indicar: Município de Montemor- Designação do Projeto: Plano de Ação para a Recuperação Urbana de Montemor – PARU 5 – Rede polinucleada de ativação e dinamização do centro histórico. CENTRO 2020. Portugal 2020 Fundos europeus que são indispensáveis. Montemor merece que o seu CENTRO HISTÓRICO venha a ser uma referência.
Está frio. Infelizmente os portugueses são dos que mais sofrem, na Europa, com falta de aquecimento nas suas casas. Exceção pontual, agora, à martirizada Ucrânia. E ficamos com mais frio também por causa desta guerra com a invasão da Ucrânia que tem de acabar. Que friiiio…vai no pensamento e na ação de certos governantes.