A falta de incentivos à produção e o baixo rendimento dos criadores foram algumas das preocupações manifestadas durante o I Congresso Nacional de Caprinicultura, que terminou no sábado em Vila Nova de Poiares.
“Há falta de pessoas interessadas em dedicarem-se à área da produção”, disse o presidente da Câmara, João Miguel Henriques, para realçar que a caprinicultura “não é uma atividade atualmente muito lucrativa” para os pastores.
Enquanto o produtor de caprinos “fica com as migalhas”, ao nível das cadeias de distribuição “há muita gente a ganhar dinheiro à custa da fileira”, lamentou o também presidente da comissão de gestão do Centro de Competências da Caprinicultura, que organizou o congresso.
Defende, por isso, que “são necessários incentivos de regulação do próprio mercado para valorização da fileira na origem” e lembra que “as cabras são amigas do ambiente, ajudam à sua sustentabilidade nos territórios de baixa densidade demográfica”, contribuindo para reduzir os riscos de incêndio, e podem proporcionar rendimentos aos donos de propriedades nalguns casos abandonadas há décadas.