Despertou nos horizontes da imprensa a 2 de março de 1917, aquele que viria a ser uma voz audível e lutadora por Coimbra e pela região. Chegou velhinho aos nossos dias, mas com cara de jovem. “Velhos são os trapos…” e se já cá cantam 102 anos, que venham muitos mais, sempre com os mesmos objetivos e valores, continuando a dar o exemplo de uma longevidade dinâmica e esperançosa.
Desde o seu nascimento procurou sempre acompanhar o mundo, o país e a região, testemunhando toda a revolução social e tecnológica que muito o fez crescer. Chegou já a temer o fim, fugindo sempre deste auge por mentes e mãos que o salvaram, desde os seus fundadores e diretores à atual equipa que o mantém de pé. Este órgão de comunicação social é um exemplo jornalístico de quem luta a cada dia tentando alcançar novos leitores e preservando aqueles que lhes são fiéis, procurando com os mais diversos temas de interesse, muito mais do que simplesmente informar.
“O Despertar” é um sobrevivente de uma Era digital que muito tem feito tremer o papel, aquele elemento que gostamos sempre de folhear, no entanto a necessidade de chegar às gerações mais recentes levou a que seja hoje um jornal também lido online. Cada edição deste semanário é uma relíquia que se guarda, pois, daqui a uns bons anos creio que ainda se olhe para ele como um mensageiro vivo e atual, protagonista patrimonial da imprensa regional e nacional, ora não fosse este consagrado como um meio “histórico” ao lado de outros periódicos centenários do nosso país.
São muitas as matérias que compõe as suas edições, onde se apresenta o dia a dia de uma cidade, de uma região, de uma sociedade, de uma vasta cultura que por tantos se representa nas suas páginas e acima de tudo um jornal que integra e faz parte dessa mesma cultura e história regional.
Que por muitos mais anos continuemos a despertar todas as sextas feiras com “O Despertar”, que este nos continue a informar, a surpreender, a ensinar. A toda a equipa deste jornal e seus leitores, muitos parabéns! E que estas páginas se continuem a traçar num futuro promissor nunca desprezando as páginas do seu passado.