Eu sei que tu me esperas na varanda
Da casa em que crescemos juntos. Sim,
Eu olhava p’ra ti e tu p’ra mim,
Subtilmente, por entre a aragem branda.
Era como se os dois uma ciranda
Dançássemos sem nunca ouvir o fim
E como se o Sol fosse de cetim
A brilhar lá no Céu que nos comanda.
Eu sei que tu me esperas hoje ainda
Com abraços e beijos… – Alma linda,
Essa que ostentas, mesmo sem alarde!
Mas eu não te mereço. Vê, Amor,
Que a varanda é só tua. Por favor,
Não esperes mais por mim, que chego tarde!