No domingo, a aldeia da Palheira, pertencente à União das Freguesias (UF) de Assafarge e Antanhol, inaugurou uma escultura dedicada ao calceteiro.
Apesar da chuva que iniciou bem na hora da inauguração, a Rua da Senhora da Piedade, na Palheira, recebeu muitas pessoas para inaugurar este monumento que representa a profissão que antigamente era dominada por centenas de pessoas da zona.
António Teodoro, presidente da UF de Assafarge e Antanhol, mostrou-se bastante satisfeito pela escultura. “Isto para a Palheira representa muito porque é a aldeia da UF de Assafarge e Antanhol onde mais calceteiro existiam. Isto representa muito para esta localidade”, começou por referir, sublinhando ainda que esta obra se tratou de uma promessa da sua campanha eleitoral.
Actualmente esta profissão já não tem praticamente profissionais. “Neste momento apenas existem dois calceteiros na Palheira. É bom recordar a profissão que na altura era um luxo. Acredito que futuramente deixará de haver esta profissão. Ninguém quer seguir e infelizmente acredito que deve acabar”, afirmou.
No evento esteve também o presidente da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), José Manuel Silva, que revelou a escassez da profissão. “Isto representa uma magnífica iniciativa da UF de Assafarge e Antanhol em homenagear uma profissão típica da Palheira, de eternizar a sua memória e uma profissão tão necessária em Coimbra. Infelizmente encontra-se em vias de extinção”.
Quanto à escultura, realizada por Hamilton Lima, é feita com fibra de vidro e resina poliéster por fora e é revestida na parte interior por pedra, cimento e ferro. A obra demorou cerca de três meses para ser feita e pesa por volta de 250 kg.