“Contra o cancro todos contam” é o mote da Gala Solidária que promete encher, no domingo, o Grande Auditório do Convento São Francisco, em Coimbra. Marcado para as 16h30, este espetáculo solidário encerra as celebrações dos 50 anos do Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro (NRC-LPCC), que estão a decorrer desde janeiro em toda a região Centro, envolvendo milhares de pessoas.
André Sardet, António Zambujo, David Fonseca, Mário Rui, Pensão Flor, Telmo Melo e o Coro dos Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra são alguns dos artistas e grupos que participam, generosamente, neste espetáculo associando-se assim ao trabalho que a LPCC tem vindo a desenvolver junto dos doentes oncológicos e respetivas famílias. Bento Rodrigues, Carla Andrino e Sofia Lisboa apresentam o evento que conta com o Alto Patrocínio da Presidência da República e que termina com a entrega do Prémio Nacional de Mérito em Senologia Dr. Dário Cruz.
Com esta Gala, o NRC-LPCC pretende “homenagear todos os que, no percurso destes 50 anos, têm dedicado as suas competências ou recursos a esta causa”. Trata-se, como realça o presidente do Núcleo, Carlos Oliveira, de “um programa com amplitude nacional”, que junta vários artistas portugueses de mérito reconhecido, numa adesão que “evidencia o reconhecimento pelo trabalho que a Liga desenvolve mas que, acima de tudo, é um gesto de solidariedade destas pessoas para com os doentes com cancro e seus familiares, porque são eles a principal preocupação do NRC-LPCC”.
Todos são convidados a juntar-se domingo a este evento solidário, demonstrando que “Contra o cancro todos contam”. Carlos Oliveira espera “casa cheia”, aguardando com expectativa mais de 1.100 pessoas nesta gala, a lotação máxima do Grande Auditório do Convento São Francisco. “Neste momento já há poucos lugares disponíveis”, enaltece, congratulando-se com esta “onda de solidariedade” a favor do NRC-LPCC e, sobretudo dos doentes com cancro.
Os bilhetes custam 7,50 euros e estão à venda na Bilheteira do Convento São Francisco e na BOL (Bilheteira Online). Todas as receitas angariadas vão reverter para a LPCC, que as canalizará para o apoio que presta ao doente oncológico e seus familiares, para os rastreios e diagnóstico precoce que realiza, para o apoio à investigação científica e formação de profissionais de saúde e, ainda, para a promoção da educação para a saúde.
Quem não puder estar presente no evento, pode juntar-se na mesma a esta causa, adquirindo o bilhete solidário, em https://www.ligacontracancro.pt/bilhete-solidario.
Mais de 40.000 pessoas envolvidas nas atividades
Os 50 anos do NRC-LPCC encerram, portanto, com um grande evento. Para trás ficam múltiplas realizações, que decorreram ao longo do ano em vários locais da região Centro, nomeadamente nas capitais de distrito onde o Núcleo tem delegações. Apesar de ainda não ter números precisos, Carlos Oliveira estima que, com a Gala de domingo, todas as iniciativas envolvam “maisde 40.000 pessoas”, um número que evidencia bem o carinho e reconhecimento que a população tem pelo trabalho que a LPCC desenvolve.
Todas as receitas obtidas revertem na íntegra para esses projetos, merecendo particular atenção o apoio social que é prestado aos doentes e familiares. “Desenvolvemos um conjunto enorme de atividades em que procuramos ir ao encontro de tudo o que os doentes necessitam”, realça Carlos Oliveira, recordando que abriu recentemente “uma nova linha de apoio, no âmbito da medicina forense, para apoiar as pessoas que eventualmente tenham problemas de reformas anticipadas ou de recursos que tenham que fazer à segurança social”. Assim, além do apoio jurídico que já assegurava há alguns anos, disponibiliza agora esta nova resposta, podendo quem dela necessitar consultar o Núcleo ou aceder ao site da LPCC.
Apesar de sublinhar que “cancro não significa morte”, Carlos Oliveira compreende que quando o doente se depara com um diagnóstico destes o “estigma seja muito grande”. Mas, apesar do processo doloroso que envolve a doença e o seu tratamento, congratula-se pelo facto de “haver cada vez mais sobreviventes de cancro”.