O dia 27 de janeiro é a data que assinala a libertação do campo de concentração de Auschwitz. Este ano, não fugiu à regra, comemorou-se o 75.º aniversário.
Dezenas de sobreviventes, à morte e aos maus-tratos, levados ao limite da sobrevivência humana, com números marcados nos braços, em silêncio, caminharam, mais uma vez, pelas instalações de onde conseguiram sair vivos. Perspetiva-se que quando se comemorar o centenário, talvez já não haja ninguém vivo, – dado o estado de saúde débil destes sobreviventes, – para contar a história aos nossos netos e bisnetos.
Em 27 de janeiro de 1945, os campos foram libertados pelas tropas soviéticas. Este dia é comemorado, mundialmente, como o Dia Internacional da Lembrança do Holocausto, assim denominado pela Assembleia Geral das Nações Unidas.
Em 1947, a Polónia criou um museu no local de Auschwitz I e II, que já recebeu a visita de mais de 30 milhões de pessoas de todo o planeta. Todas elas passaram, com certeza, sob o portão de ferro principal, e olharam, para jamais esquecer: tem gravado, na sua cimeira, o ignóbil “Arbeit macht frei” (o trabalho liberta).
Em 2002, a UNESCO declarou, oficialmente, as ruínas de Auschwitz-Birkenau como Património da Humanidade.
Mas o que era afinal o campo de concentração de Auschwitz?
É, sem dúvida, o maior símbolo do Holocausto praticado pelo nazismo durante a Segunda Guerra Mundial. De facto, a partir de 1940, o governo do facínora Adolf Hitler, edificou vários campos de concentração e um campo de extermínio. A desculpa, considerada evidente para sua estruturação, pelos carrascos do regime, foi o facto de que as prisões em massa de judeus, por toda a Europa, lotaram a capacidade das prisões convencionais até então existentes. Auschwitz foi o maior dos campos de concentração arquitetado. Era constituído por Auschwitz I (Stammlager, campo principal e centro administrativo do complexo); Auschwitz II–Birkenau (campo de extermínio), Auschwitz III–Monowitz, e mais 45 campos satélites.
Entre o início de 1942 e o fim de 1944, comboios sucessivos transportaram judeus de toda a Europa ocupada para as câmaras de gás do campo.
Pode ler-se na enciclopédia Wikipédia que “O primeiro comandante, Rudolf Höss, testemunhou depois da guerra, no Julgamento de Nuremberg, que mais de três milhões de pessoas haviam morrido ali, 2.500.000 gaseificadas e 500.000 de fome e doenças. Hoje em dia, os números mais aceites são em torno de 1,3 milhões, sendo 90% deles de judeus. … Aqueles que não eram executados nas câmaras de gás morriam de fome, doenças infecciosas, trabalhos forçados, execuções individuais ou experiências médicas”.
Os demónios estarão, nalgum sítio, escondidos. Era bom que aí putrificassem.
Não quero ouvir, jamais, O Piar Dos Pássaros Da Morte.