Dias quentes reclamam pés na água, cabeça à sombra, sesta e, à semelhança de todo e cada um dos outros dias!, consciência dos momentos singulares que partilhamos e da alegria que é acordar para um novo dia.
Tempo de férias é tempo de escrita. Uma escrita que se tornou quase telegráfica e sem tinta; mas… os selos aí estão a reclamar o uso e abuso da doçaria portuguesa (em modo saudável!) como veículo de promoção da nossa identidade, aquém e além-fronteiras (conhecem a deliciosa série emitida pelos CTT?).
Há postais para todos os gostos. Escrever um postal a partir do sítio onde se está, transporta na palavra o ambiente que vivemos, levando-nos a partilhar experiências únicas e, ao mesmo tempo, a fixar memória de um tempo que é de todos. Fica o desafio/convite: hoje, invistam um minuto a escrever um postal e… enviem-no.
À volta da Mesa alguém diz: “um postal é um abraço”. Palavras que abrem sorrisos e nos fazem recordar a simplicidade de um gesto que é alimento.
E assim saltamos (na verdade, desta vez mantemo-nos sentadinhos, à sombra, pois a temperatura nos faz esse convite verdadeiramente irrecusável!) para as mesas que continuam em votação e nos lançam o desafio de partir à (re)descoberta do nosso país, deixando-nos surpreender pela diversidade, simplicidade criativa, singularidade de patrimónios, resiliência, identidade e garra que estão no nosso ADN.
“Um verdadeiro banho retemperador!”, alguém partilha, para logo de seguida ouvirmos: “coração, cabeça e estômago’, uma trilogia camiliana em que a ordem dos fatores é, aqui!, arbitrária”.
E assim voltamos à filosofia à portuguesa ao mesmo tempo que vamos petiscando.
Gostamos muito de piquenicar e, sempre que possível, continuaremos a viver a Natureza! O que voltou a fazer parte do cesto? Broa e queijo, tremoços, limonada, arteletes, água rosada, biscoitos académicos… e, em estreia absoluta: as nossas conservas! Alguém nos surpreendeu com uma singular degustação de patés (bacalhau, sardinha, atum e cavala) que nos levou a assumir o gastrófilo que há em cada um de nós.
A Mesa e o Livro a partilhar singularidades: convocam os sentidos, fazem-nos viajar para outros lugares e, entre outros, são fonte de alegria contagiante ao mesmo tempo que abrem pausas retemperadoras em que os silêncios são partilhados sob a forma de momentos únicos.
Tertuliemos!