Coimbra, 2 de Março de 1917. Nem que seja apenas uma vez por ano, é importante relembrar o ponto de partida e o sonho propulsor de uma vida longa, que mantém uma inquietude juvenil em equilíbrio dinâmico com uma sabedoria anciã, que tudo questiona porque continua a acreditar que melhor é sempre possível, quando é o outro que revemos do outro lado do espelho.
Coimbra, 2 de Março de 2023. Mais do que um Centenário (que não é coisa pouca, caríssimo leitor!), hoje celebramos um século “e uns pozinhos” de um jovem que nos convida a reaprender a olhar, escutar e usar a voz que a palavra escrita nos permite e implica na construção de uma cidadania ativa que se quer crítica, porque envolvida na procura de soluções. Parabéns, O Despertar!
Caríssimos leitores, parabenizemos este nosso aniversariante, cantando a uma só voz, relembrando as palavras sábias e inspiradoras do nosso cientista-poeta Rómulo de Carvalho:
“(…)
Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a Vida,
que sempre que um Homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.”
Aniversário sem bolo é algo inusitado em Região de tão amplo receituário doceiro, não lhe parece? Fica então o convite-desafio para este fim-de-semana, no Convento de S. Francisco, cada um de nós identificar um doce com que saborear 100+uns pozinhos de um Aniversário que é de todos e de cada um de nós. Melhor mesmo é ir até lá, caríssimo leitor e, já agora, aproveitar para passear por Coimbra, pelo território alargado do Município, e redescobrir uma urbanidade rural/ ruralidade urbana gustativa e identitária verdadeiramente encantada, porque nos convida a permanecer … inquietos.
Coimbra, cidade-palavra em Movimento Perpétuo, como nos canta a guitarra de Carlos Paredes, abraça a chegada de mês novo praticamente coincidente com o dia em que se assinala o 106º aniversário do nosso O Despertar.
Até breve, caríssimo leitor, boas e saborosas leituras e … Celebremos a Vida que somos!