“março marçagão, manhã de inverno tarde de verão”, será? o que for… se viverá.
Pois é caríssimos leitores, o mês que agora inicia traz consigo renovados desafios que nos convocam a partilhar os dias: da semana mais longa do nosso calendário – Sim!, falamos aqui da semana cultural da nossa Universidade que iniciou a 1 de março e se estende até 12 de abril!, espelhando bem a singularidade da nossa Academia – que nos propõe uma ampla variedade de iniciativas culturais abertas a toda a comunidade, à chegada da primavera, do IV Ciclo de Concertos de Coimbra (de 15 a 17) com que se celebra a nossa Cidade Mágica, às cores e sonoridades dos nossos jardins que nos levam a prolongar as caminhadas, (re)descobrir histórias e vivências de Coimbra e Região e a contribuir para uma maior sustentabilidade social dos territórios que somos convidados a (re)visitar.
Das conversas que partilhamos e das histórias vividas que nos ajudam a reconstruir sociabilidade em tempos de tecnologias que nos confrontam com a solidão, aqui ficam dois pequenos apontamentos: a nossa hoje Rua Adelino Veiga, já foi das Solas e dos Tanoeiros (sim!, os nomes correspondiam aos ofícios que maioritariamente se encontravam por aqui; é curioso como em actuais estudos se analise o impacto positivo da existência de quarteirões e/ou ruas temáticos como facilitadores de leitura/ vivência tanto do residente como do visitante e/ou turista; um nome de rua é um atributo qualificativo) e a nossa Rua das Padeiras era mercado a céu aberto para as peixeiras que com suas canastras vinham da Figueira da Foz a Coimbra vender o pescado. Ficam assim dois pequenos grandes apontamentos que tornam a nossa cidade uma biblioteca a céu aberto, disponível para quem a souber ler e… partilhar.
E assim deixo mais um pequeno convite: partilhem connosco algumas das curiosidades guardadas na memória das nossas Ruas.
Alimentar a curiosidade e deixar a porta aberta à alegria de momentos-surpresa é manter viva a Vida que há em nós.
Como sugestão de leitura: “Os Ciganos”, uma história em que o neto Pedro dá continuidade intercalada à escrita da avó Sophia, e “O luto de Elias Gro”, de João Tordo; mantemos e reforçamos o convite-desafio de escrever e enviar um postal.
Como nova entrada no nosso Índice Gustativo, aqui fica: Chanfana e Lampantana.