O REGRESSO AO TRABALHO APÓS FÉRIAS marca este tempo presente. Há uma tendência generalizada pela opção de férias em agosto e esse é, igualmente, o mês em que os estudantes estão livres de compromissos o que leva as famílias a esta opção, quase obrigação, por agosto  O Despertar também veraneou. Agora é o regresso. Pela minha parte, em agosto, aproveitei alguns dias para conhecer OURENSE, a cidade ibérica com as termas mais famosas e das mais conceituadas na Europa a seguir a Budapeste. O turismo termal está em crescimento por toda a parte. A Província de Ourense, na Galiza, tem quase quinhentas fontes termais pelo que ostenta, à sombra de fortes antecedentes romanos, o título de Província Termal e a cidade assume-se como capital termal. Não me aventurando em excesso, ainda mergulhei nalguns lagos e piscinas com a água muito quente e, também, pus um pé na água gelada do Rio Minho (ou Miño na nomenclatura galega). Na piscina termal das Burgas a água sai a 65 graus e podem, pois, imaginar como…quase queima. Portugal é pródigo, igualmente, em centros termais e precisamos de desenvolver e propagandear o nosso TURISMO TERMAL. Viajei de carro lamentando não o ter feito de ferrovia. A Galiza tem razoáveis ligações por caminho de ferro e também por alta velocidade e esta é algo que o nosso país começa agora a construir. A ferrovia é o futuro. Nestas colunas insurgimo-nos, de forma abundante, em caudal, perante o desmantelamento de linhas férreas na nossa região, em concreto os Ramais da Lousã e da Pampilhosa-Figueira. Noutras geografias nacionais os desmantelamentos ferroviários também existiram. Que diferença entre Portugal e os vizinhos países de Espanha e França em matéria de ferrovia embora nuestros hermanos também se queixem da circulação ferroviária fora dos grandes centros e de  alguns atrasos nos  comboios. Alta velocidade, poder viajar de noite dormindo a bordo e boas ligações a Espanha e daí para a Europa são objetivos a conseguir também por Portugal. Por Coimbra, em breve, um único carril: o da linha do Norte. Estão satisfeitos? Acham bem?

SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE, 45 ANOS

O SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE (SNS) vai assinalar 45 anos no próximo dia 15. Foi a grande conquista para os portugueses na sequência do 25 de abril. O Dr. António Arnaut eternizou-se como criador e PAI deste projeto. Defendeu-o, denodadamente; e Coimbra assumiu protagonismo, justificadíssimo, como cidade ou capital da saúde. É evidente que hoje os média são mais musculados em Lisboa e no Porto e tem diminuído a projeção do trabalho realizado pelos profissionais da saúde, em Coimbra, do campo da prática regular à investigação. Temos entre nós médicos de projeção internacional e investigação de ponta que merecem aplaudido reconhecimento público. Entretanto, a Liga dos Amigos dos Hospitais da Universidade e a Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos dão as mãos e vão regar a oliveira do Serviço Nacional de Saúde no Parque Verde do Mondego no próximo dia 15. Cada um de nós deve refletir nesse dia – e afinal em todos os dias – na importância da defesa, manutenção e crescimento deste serviço público no país. Já imaginaram Portugal ficar sem o SNS? O que seria de todos nós sem o SNS? Um abraço à plêiade de médicos do SNS e aos restantes profissionais de saúde que são fundamentais num SNS de qualidade para todos. Gostaria de ver publicitados com mais regularidade e justificada ênfase trabalhos de referência realizados na área da saúde em Coimbra.