Dois seres que outrora se conheceram
Que penetraram um no outro,
Apenas um ser,
O egoísmo era desconhecido,
A violência, a agressividade, o ódio, o desprezo,
O medo… o medo das coisas perdidas…
Depois…
O velho candeeiro foi-se apagando lentamente
As velhas melodias do meu piano, o amor, a liberdade,
Algo…
Sentimo-nos estranhos, desconhecidos,
Vazios…
Como tivéssemos despertado para a estranha realidade,
Para o medo das coisas perdidas…
Para a cumplicidade de aceitar a realidade,
A realidade sem sentido… vaga
A cumplicidade de aceitar o que os “loucos” não aceitam…
O amor que só os “loucos” não sentem…
Os sonhos que só os “loucos” não sonham…
O sangue a ferver
O coração apertado
A dor
A lágrima
De algo perdido
Como tivéssemos sonhado
Um sonho
E não pudéssemos recordá-lo!