O Sport Clube Conimbricense, situado na Baixa de Coimbra, alcança hoje (3) o 113ª aniversário e, afirma Zita Alexandre da direção, “nada melhor do que recordar as tradições para o comemorar”. “Como fizemos em setembro (2022) o jantar dos 112 anos, decidimos celebrar esta data tão especial com um baile à moda antiga, como se fazia no Sport em tempos áureos, recordando a tradicional dança do ramo”, referiu a também tesoureira.
Assim, a comunidade é convidada a dar um passo de dança com temas bem portugueses, e a reviver tradições esta noite, pelas 21h00, na sede do clube, “matando as saudades dos bailaricos de antigamente” ao som do grupo R Music. A entrada para esta “festa rija e bem recheada de história e tradição” tem um custo de cinco euros ou de 7.50 euros (casal), com direito a uma bebida. Nesta noite não vai faltar animação, muita alegria e os típicos “comes e bebes”. Uma combinação perfeita com diversão garantida.
“A receita angariada vai ter como objetivo ajudar a equipa de futebol para invisuais a ir ao Campeonato Europeu na próxima época, que começa em setembro”, acrescentou.
Com mais de um século de existência, “um marco histórico”, caracterizou Zita Alexandre, o Sport Clube Conimbricense surgiu pelas mãos de comerciantes da Baixa de Coimbra, passando por “altos e baixos”.
“Neste momento, vamos (sobre)vivendo, mas cá estamos com muito orgulho”, garantiu a tesoureira de sorriso rasgado.
A somar 113 anos de histórias para partilhar, o clube centenário desenvolve uma diversidade de modalidades para todas as idades, juntando perto de 100 praticantes, entre os cinco e os 79 anos. Um clube “para todas as gerações” e que é abraçado por perto de 500 sócios.
O kickboxing, jiu-jitsu, natação, yoga, basquetebol, futebol e, mais recentemente, o showdown e o ginásio são as modalidades que podem ser praticadas atualmente.
“Foi o clube que teve a primeira equipa de basquetebol campeã nacional, em 1932”, recordou.
O Sport Clube Conimbricense destaca-se ainda pela criação, em 2020, de uma modalidade que muito o orgulha: o futebol para cegos, que conta atualmente com 16 atletas. “Conseguir manter esta modalidade em Coimbra e sermos das poucas equipas existentes no país é um orgulho”, salientou Zita Alexandre, afirmando ser muito gratificante “proporcionar a estes jovens a oportunidade de praticarem desporto”.
A esperança por um novo pavilhão continua
Segundo Zita Alexandre, a grande prenda de aniversário seria “conseguir a cedência do terreno que nos foi prometido pela Câmara” para concretizar um sonho com mais de 20 anos: a construção de um novo pavilhão “para termos mais espaço para praticar as modalidades e também dar mais condições e conforto aos nossos atletas”.
“Estamos a contar que o atual presidente da Câmara resolva este problema, seria um excelente presente”, disse, com a esperança de ver esta ambição tornada realidade.