A Semana Cultural da Universidade de Coimbra (UC) vai apresentar-se, em 2020, com várias novidades. Com um tema sugestivo, “Ousadia(s), este evento vai mudar de paradigma, apostando em alguns grandes eventos ao longo do ano e concentrando a grande maioria das iniciativas de 1 a 15 de março, em vez dos cerca de dois meses habituais.
Durante a apresentação do novo modelo e do tema da próxima edição, o vice-reitor Delfim Leão explicou que esta “reorganização” não é “uma crítica ao conceito anterior da Semana Cultural” mas antes uma tentativa de “reconfigurar o conceito”, concentrando os eventos em 15 dias e promovendo outros ao longo do ano.
Das iniciativas previstas, a equipa reitoral destaca dois ciclos: de teatro e artes performativas, intitulado “Mimesis” (entre meados de maio e junho); e de música, designado por “Orphika” (entre 06 de novembro e 08 de dezembro). A UC pretende desenvolver estas artes em parceria com grupos da Universidade mas também da cidade, seja aproveitando as iniciativas como espaço de reflexão, de entretenimento e, ainda, de formação, uma componente que será muito explorada nesta renovada Semana Cultural, trazendo até Coimbra nome reconhecidos nas várias áreas.
“O objetivo é subir na qualidade da oferta, ter variedade e proporcionar reflexão, investigação e capacidade de formação”, frisou Delfim Leão, realçando que “a ideia não é retirar importância ao que existia, mas valorizar-se outras artes, noutras alturas do ano, fazendo crescer esta ‘Semana’ para que seja uma referência”.
A cultura científica continuará a ter destaque neste evento mas, desta vez, com iniciativas distribuídas por todo o ano. A internacionalização é outro dos objetivos destes eventos científicos que, como explicou a vice-reitora Cláudia Cavadas, “pretendem trazer investigadores, doutorandos e jovens, juntando equipas multidisciplinares à volta de um tema e ter impacto na investigação da UC”.
Todo o programa vai privilegiar o património da cidade que, como frisou o vice-reitor Alfredo Dias, é “vasto e significativo”.