Tenho saudades, Pai, das tuas críticas
Exuberantes, lógicas, sinceras;
Das várias perspectivas analíticas
Sobre as minhas esdrúxulas quimeras;
Das lições que me davas de políticas,
Perante adversidades mais austeras;
Das frases escorreitas e até míticas
Que burilavas, vindas de outras eras;
Das nossas posições tão antagónicas
No campo de metáforas platónicas,
Dedicadas a musas bem reais;
De RIMALUZ – o Amor sem ter limites –
Que diz, eternamente, estarmos quites…
– Tenho saudades, Pai, mas tu tens mais!
19/3/2023 A Jorge Ilharco,
sem cujo “aceno” ao anagrama em epígrafe
o Poeta Inquieto não teria, nem vez, nem voz.