A ReFood, organização de cariz solidária que apoia pessoas com carência económica, conta agora com um espaço na Casa Dignidade da Fundação ADFP – Assistência, Desenvolvimento e Formação Profissional, situada junto ao Parque Verde de Coimbra.
Este equipamento social da ADFP, que apoia a população sem abrigo, a quem assegura diariamente jantar e condições de higiene, acolhe agora este novo serviço, que se insere também nessa filosofia solidária da Casa Dignidade.
Com esta cedência, a título completamente gratuito, a Casa Dignidade e a ReFood unem-se no combate ao desperdício alimentar, fazendo chegar alimentos a pessoas em situação de pobreza.
Recorde-se que esta não é a primeira vez que a Fundação ADFP cede instalações nesta casa, acolhendo já a Associação Portuguesa de Direito de Consumo e também ao projeto Incorpora.
A cedência deste espaço pela Fundação insere-se na sua “visão filantrópica de apoio a entidades sem fins lucrativos, importantes para a defesa de valores de cidadania e da qualidade de vida das pessoas”.
Criado em 2011 pelo norte-americano Hunter Halder, em Lisboa, o projeto ReFood, que consiste na distribuição por famílias carenciadas de comida recolhida em restaurantes, chegou a Coimbra em 2015 por iniciativa de um grupo de 75 promotores, dos quais 60 são estudantes.
A ReFood é um movimento comunitário independente, 100 por cento voluntário, conduzido por cidadãos e integrado numa IPSS, cujo fim consiste na recuperação de comida em boas condições para alimentar pessoas necessitadas. A ReFood está totalmente voltada para a comunidade e opera a partir da própria comunidade, sem salários, com custos baixos e alta produtividade, não detendo bens ou investimentos que não sirvam a sua missão. O projeto funciona de forma regular e os seus parceiros são vários estabelecimentos da cidade relacionados com a restauração, que entregam excedentes alimentares para serem distribuídos diretamente por uma rede de beneficiários constituídos por instituições de solidariedade social.
Segundo a Re-Food, todo o trabalho desenvolvido em Coimbra é realizado por voluntários “com sentido de cidadania, motivação e vontade de dedicar duas horas semanais ao combate ao desperdício alimentar”.
A instituição procurava um espaço – “no coração de Coimbra, próximo dos voluntários e dos parceiros, mas sobretudo próximo dos beneficiários” – que tivesse cerca de 100 metros quadrados de área, facilidade de acesso e que permita o funcionamento de máquinas industriais para a preparação, acondicionamento e armazenamento das refeições.