A Polícia de Segurança Pública (PSP) de Coimbra considerou que a criminalidade denunciada ao longo do ano 2021 na zona de São Martinho do Bispo “não aponta para um aumento da criminalidade, muito menos relativamente à criminalidade violenta e grave”.
“Com exceção de casos pontuais, já devidamente comunicados à autoridade judiciária competente e em investigação, não temos informação que nos indique aumento da criminalidade”, referiu, na segunda feira, o comandante da PSP de Coimbra, Rui Moura.
Os habitantes da União das Freguesias (UF) de São Martinho do Bispo e Ribeira de Frades têm em curso um abaixo-assinado, através do qual solicitam o aumento do policiamento, para acabar com o sentimento de insegurança.
“Existe um sentimento generalizado de insegurança na população, com vários episódios de assaltos a residências e a viaturas, bem como episódios de vandalismo, com invasão de propriedade e destruição de bens”, lê-se no documento que pode ser assinado ‘online’ ou em papel.
Pedem mesmo para que seja equacionada a instalação de “uma esquadra ou centro de atendimento permanente da PSP na zona”.
À Lusa, o comandante distrital da PSP de Coimbra apontou que existe um contacto permanente com os responsáveis da União das Freguesias em causa, tendo as últimas reuniões visado o planeamento de estratégias concretas no âmbito do Modelo Integrado de Policiamento de Proximidade (MIPP).
Na nota escrita, o comandante diz, ainda, que, “em face das notícias publicadas na comunicação social foi aumentado o esforço de pesquisa de informações, investigação criminal e policiamento de proximidade”.
Como em São Martinho do Bispo estão instalados vários estabelecimentos de ensino superior, bem como escolas de vários ciclos de ensino, estes são alvo de “monitorização e atenção permanente, no âmbito das Equipas de Proximidade e Escola Segura”.
“De uma forma ou outra, tão elevado número de alunos jovens acaba sempre por trazer algum ruído de vizinhança e noturno, que esta PSP tem monitorizado e fiscalizado, sobretudo na área da fiscalização de estabelecimentos e ruído de vizinhança. Recentemente, temos apenas um caso de um aluno que se queixa de um indivíduo com comportamentos agressivos”, acrescentou Rui Moura.
Sobre a reivindicação para a instalação de uma esquadra na zona, que figura no abaixo-assinado, o comandante da PSP de Coimbra recordou que “em tempos existiu a possibilidade de ali ser instalada uma esquadra”, tendo chegado a ser feita cerimónia de lançamento da primeira pedra. No entanto, não tem conhecimento de desenvolvimentos relativamente a esse assunto.
“No âmbito das nossas competências não se nos afigura que mais uma esquadra possa ser sinónimo de mais segurança naquela zona. A estratégia da PSP nessa área tem passado por maior concentração de meios, no sentido de libertar mais efetivos para o patrulhamento e visibilidade”, revelou.
Sobre este assunto, o presidente da União das Freguesias de São Martinho do Bispo e Ribeira de Frades, Jorge Veloso, sublinhou que a questão da insegurança, especialmente em São Martinho do Bispo, é “uma preocupação antiga”, que já foi “devidamente sinalizada junto das forças policiais”. Jorge Veloso recorda que reuniu com a PSP em junho para abordar esta questão, quando houve “uma onda de assaltos”, tendo solicitado “mais policiamento”. Quanto a este abaixo-assinado diz que “não foi entregue na Junta” e assegura que, quando tal suceder, será dado “o devido encaminhamento e será tratado oficialmente como outros já o foram”.