A Arte-Via Cooperativa e o consórcio do Festival Literário Internacional do Interior – Palavras de Fogo lançaram, na segunda feira, na Lousã, um prémio literário nacional que visa a descoberta de novos escritores.
Esta iniciativa, que se integra na II edição daquele festival, destina-se a pessoas de nacionalidade portuguesa, com idades até aos 35 anos, e vai distinguir um texto original, no domínio da ficção, romance ou novela, escrito em português.
De acordo com o regulamento, os originais devem ter pelo menos 150.000 caracteres com espaços, apresentados em formato A4, em letra que permita fácil leitura, acompanhados de uma gravação em suporte digital. Os trabalhos devem ser entregues até 15 de março, à Arte-Via Cooperativa, e o prémio vai ser atribuído durante o Festival Palavras de Fogo, que decorre de 14 a 17 de junho. Os trabalhos vão ser analisados por um júri selecionado pela Direção Regional de Cultura do Centro (DRCC) e pela Arte-Via Cooperativa, que poderão decidir pela sua não atribuição, caso os trabalhos não reúnam a qualidade exigida.
Esta iniciativa é suportada pela DRCC que atribui um prémio de 7.500 euros à obra premiada, no seguimento de uma sugestão do Presidente da República, por ocasião da primeira edição do festival, que homenageou as vítimas dos incêndios florestais de 2017.
Durante a apresentação do prémio, a Diretora Regional de Cultura do Centro (DRCC), Celeste Amaro, deu conta da “satisfação” do ministro da Cultura pela criação do prémio.
Ana Filomena Amaral, presidente da Arte-Via Cooperativa, sediada na Lousã, destacou, por sua vez, o potencial desta iniciativa, que pode servir de “exemplo a outras autarquias e associações para fazerem o mesmo, porque realmente concelhos tão pequenos como estes que existem no Interior e com tantas dificuldades, dificilmente conseguiriam colocar de pé um evento destes”.
“Pensámos que seria importante incentivar os jovens portugueses a escrever e, quem sabe, no futuro estender o prémio ao mundo da lusofonia, que será uma forma de alargar a sua abrangência e torná-lo mais importante, porque a língua portuguesa é a nossa pátria”, acrescentou, dando conta que estão a ser efetuadas diligências para tentar projetar o festival Palavras de Fogo para outros continentes e também para atrair pessoas de mais países para a próxima edição.
Ainda no âmbito da segunda edição do festival, Ana Filomena Amaral deixou o repto para os artistas plásticos criarem instalações ou obras de arte apenas com árvores ardidas dos incêndios de 2017.
O consórcio do Festival Literário Internacional do Interior – Palavras de Fogo é constituído pelos municípios de Sertã (distrito de Castelo Branco), Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pera, Ansião e Alvaiázere (distrito de Leiria), Penela, Tábua e Arganil (distrito de Coimbra).
O regulamento está disponível nos sites da Arte Via, Direção Regional de Cultura do Centro e Presidência da República.