Há imaginação para tudo. E há uma espécie de razão analítica que fornece à pessoa o senso ou uma conduta de ser cada um o senhor da verdade.
É, talvez, um anti-intelectualismo em voga dos oradores ou comentaristas que enchem as televisões e quejandos.
E todos nós observamos no dia a dia gente que se desdobra em mil vénias para ter um lugar ao sol. Curvam-se para obter uma posição mesmo efémera, de circunstância com o seu nome bem parecido no cartaz na montra das notícias.
Assim também nas artes, na cultura mas, sobretudo, na política deste reino…
No fundo muitos andrógenos a tomarem um lugar de relevo de primeira página. Burlescos pela afetação suficiente de fulgarem saber tudo e pela exigência bizantina de uma falsa postura cultural e cívica procede o snob à invasão de campos éticos que lhe são vedados pela incompetência.
Entretanto são tolerados e até bem vistos na função de fazer rir o mais sisudo.
Se Littré definia o snob como o estado de homem que admira servilmente as coisas mais vulgares, há quem afirme, o que está certo, na equivalência entre o snob e o sapateiro, tão bem consubstanciado entre o povo e o prolóquio: “Quem te manda a ti sapateiro tocar rabecão”.
A propósito houve artistas sublimes mormente na música que mexeram com mestria na arte de fazer sapatos.
Compositores de música clássica, imortais.
Aliás foi uma propensão nos séculos XVIII e XIX.
A humildade é precisa ao saber.