Estamos numa época titânica, nefasta, ciclópica, desumana e monstruosa.
A humanidade é uma miragem e só vencem paradoxalmente os que lesam a ética, os comportamentos cívicos, os que mutilam as regras do direito.
Há um empobrecimento económico em várias áreas da nossa população e o engrandecimento cultural é feito com quadros débeis de uma pequena burguesia que chega à política por artes mágicas.
É, também, uma variante dos governantes tecerem promessas sobre promessas. Utópicos!
A saúde de muitos portugueses é forçada a ser tratada em clínicas privadas onde determinados médicos são agentes económicos dessas “casas de saúde” onde só é tratado quem possui dinheiro ou sujeitos a sacrifícios.
A saúde neste país é, muitas vezes, uma ganância escandalosa.
Parece que estamos na famigerada era dos ditadores, dos titãs, dos políticos sem alma.
E a corrupção surge como crime organizado, a escravidão do mais fraco pelo poder político económico ou da pessoa humana ser tratada nas suas patologias em clínicas que abundam por todos os lados e onde o “doente” é tratado como uma coisa sujeita a exames supérfluos para depois ser razoavelmente tratado ou curado.
Já vivemos, mais do que uma vez, este desgastante cenário.
A pessoa humana é tratada em muitas esferas da administração pública como um objeto com práticas de chasquear a gente indefesa com ordenados sem expressão social e reformas miseráveis para a maioria dos portugueses.
As greves constantes são sintoma do que se ganha em Portugal não obstante existir ordenados e reformas milionárias.
Que saudades do Serviço Nacional de Saúde criado pelo humanista, advogado e escritor António Arnaut!
Há necessidade de mudar muita coisa. De outras alternativas com António Costa, muito bem mas sem os ziguezagues, mais assertivo e com outra lógica no seu discurso.
Os hospitais são, em parte, o caos.
Precisamos de outro humanismo, outra aproximação ao homem de carne e osso, que trabalha ou vive de mísera pensão, ao idoso, às nossas crianças.
Deificando-se o desleixo surge o crime e a corrupção corrente, o branqueamento de capitais, o suborno, a falta de castigo merecido para os criminosos de colarinho alto, do burguês espevitado em negócios ilegais, uns condenados mas cheios de recursos para instâncias judiciais continuam em liberdade de mercê do poder económico que possuem para promover esses recursos…
O homem caminha novamente para uma escondida escravatura ou um suposto inferno ou uma nefasta teoria de um estigma que significa a morte das leis naturais!