9 de Dezembro de 2024 | Coimbra
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Politécnico de Coimbra cria projeto para ajudar invisuais

5 de Julho 2019

O Instituto Politécnico de Coimbra (IPC) desenvolveu um projeto que pretende permitir que os cidadãos com deficiência visual se possam mover de um modo independente através de um sistema de navegação, disponibilizado no smartphone, sem a necessidade de um hardware especial e utilizando tecnologia Bluetooth Low Energy (BLE).

Designado BlueEyes, este projeto visa melhorar a mobilidade e orientação dos cidadãos com deficiência visual, que sofram de cegueira ou tenham visão reduzida, ajudando-os a conhecerem o ambiente em que vivem e melhorando a sua inclusão social e qualidade de vida.

De acordo com o IPC, esta investigação “estuda e explora os aspetos da interação humano-computador (HCI) e visa o desenvolvimento de um modelo de arquitetura para aplicações móveis sensíveis a Beacons”.

“Os beacons são dispositivos (emissores), que funcionam com a rede Bluetooth e são colocados em determinados locais para que se possa cruzar a informação georreferenciada – utilizando o GPS – num sistema”, explica João Orvalho, docente da Escola Superior de Educação de Coimbra (ESEC). Deste modo, permitem ao cidadão cego saber onde se encontra e que obstáculos tem à sua frente para se mover até um determinado local, como por exemplo, a existência de escadas, passeios, entre outros.

De acordo com João Orvalho, este projeto pretende “tornar o invisível visível aos cidadãos cegos, melhorando a mobilidade nos transportes urbanos de Coimbra, as visitas à Rota Bordaliana nas Caldas da Rainha e a circulação pedonal para acesso aos serviços dos edifícios e serviços públicos de Tábua”. O responsável afirma que o projeto foi recentemente concluído e permanece um legado com continuidade, 3 “Living Labs” nestes municípios. No que diz respeito a Coimbra, a aplicação vai permitir que os cidadãos cegos que utilizem os autocarros saibam onde se encontram e qual a paragem em que devem sair. Em Tábua, vai permitir que os cidadãos saibam onde se localizam determinados serviços.

Apesar de os dispositivos já se encontrarem no terreno, a aplicação para o smartphone ainda não está disponível para o público. “Quando forem massificados não terão custos para o cidadão cego, uma vez que se encontram fixos nos diversos locais, basta descarregar a aplicação para o telemóvel e, a partir daí, entrar no sistema e interagir”, esclarece João Orvalho.

O projeto foi desenvolvido por professores e estudantes das Licenciaturas em Comunicação e Design Multimédia, Engenharia Informática e do Mestrado em Human Computer Interaction (HCI) do IPC, num consórcio com o Instituto Politécnico de Viseu.


  • Diretora: Lina Maria Vinhal

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