Sim, Mãe, dá-me a tua mão
E um pedaço do teu colo,
P’ra chegar à Imensidão,
Sem sequer sair do solo!
Sim, Mãe, canta-me outra vez,
Encostando a tua face,
Como um rouxinol, talvez,
P’ra que apenas eu me abrace!
Sim, Mãe, leva-me contigo
Nesse Dia em que, por bem,
Me dás puro Amor e abrigo
Ao meu Outro e a mais ninguém!
Sim, Mãe, através de ti
É que escrevo os versos meus!
Já não faço nada Aqui…
– Dá-me a mão, a Mão de Deus!
“Dia da Mãe”, 2023 Paulo Ilharco