13 de Julho de 2025 | Coimbra
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Orquestra do Centro convida público a assistir a concertos de olhos vendados

24 de Fevereiro 2023

A presidente da direção da Orquestra Clássica do Centro, Emília Martins, desafiou o público a assistir de olhos vendados aos espetáculos programados para este ano, “de forma a perceber e conhecer as dificuldades sentidas pelos invisuais”. O repto foi lançado na apresentação da programação para os próximos três meses, que decorreu na passada quarta-feira (15), no Pavilhão Centro de Portugal, em Coimbra, e que contempla uma parceria com a Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO).

“Vamos dar início à colaboração com a ACAPO com um concerto a 25 de março, onde vamos interpretar compositores que ficaram invisuais, alguns deles no final da sua vida. O convite é para que as pessoas venham assistir possam por vendas nos olhos e entrar na sala, percebendo e conhecendo as dificuldades de alguém que é invisual”, esclareceu.

De acordo com Emília Martins, este é um convite válido para o concerto “Ouvir sem Ver”, bem como para “outros ao longo do ano”. Neste espetáculo, que terá lugar no Pavilhão Centro de Portugal, em Coimbra, será feita a apresentação e estreia de obras encomendadas no ano passado a jovens compositores (Prémio Francisco Martins 2022), sob o tema “Refugiados”.

A programação, de fevereiro a abril, inclui também a inauguração da exposição “Os Direitos Humanos das Crianças”, com fotografias da fotojornalista ucraniana Julia Kochetova, que decorreu naquela tarde. Ainda este mês, a presidente da direção da Orquestra Clássica do Centro destacou o espetáculo de dia 26, também ele no Pavilhão de Portugal, onde vai ser interpretada a “Canção da Terra”, de Mahler.

“Terá comentários de Carlos Fiolhais e apresentação de dois grandes solistas: Marco Alves dos Santos e Patrícia Quinta”, anunciou.

Já em março, o destaque vai para o concerto dedicado a António Fragoso, um compositor português natural de Cantanhede, programado para dia 11.

No dia 15 de abril está prevista a participação da Orquestra Clássica do Centro na 17.ª edição do Springfestival de Malta, cujo programa será apresentado em Coimbra.

Segundo Emília Martins, os espetáculos dos próximos três meses enquadram-se, assim, num programa pensado a quatro anos, para o qual receberam um financiamento de cerca de 300 mil euros da Direção-Geral das Artes.

Intitulado “A Terra em IV Andamentos”, este programa será executado de 2023 a 2026, sendo este primeiro ano dedicado aos “Direitos dos Seres Vivos VS Morte”. O ano de 2024, revelou, será dedicado à “Desconstrução”, 2025 à “Terra – o Feminino” e 2026 à “Vida”.

 


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