A informação escrita tinha de circular.
Só os letrados é que escreviam cartas, como o Clero, alguma Nobreza e alguns Burgueses.
Essas cartas eram transportadas em charretes e levadas aos seus destinos. Assim, a carta era enviada pelo expeditor, e paga pelo destinatário. A esta parte da Filatelia, chamamos Pré-filatelia.
E porquê Pré-filatelia? Porque a carta circulada não tinha selo.
Levava um carimbo da estação expeditora, colocado pelos Correios, uma vez que estes existem já há quinhentos anos.
Certa vez, uma taberneira recebeu uma carta.
Como era pobre e não podia pagar dois xelins pelo sobrescrito, recusou, e devolveu ao carteiro, afirmando que conhecia a letra, logo, o familiar, estava bem.
Um senhor, de nome Rowland Hill, pagou-lhe os dois xelins e lançou um projeto aos desenhadores ingleses, para que se executasse um desenho de um selo com um valor único para ser colocado nas cartas, e circular pelo país.
Como não gostou de nenhum dos projetos apresentados, ele próprio desenhou a efígie da rainha Vitória e, por ser preto e custar um penny, se chamou Penny-black.
Estava assim inventado aquele que viria a ser a base da revolução do Correio: o selo que surge a 6 de maio de 1840 em Inglaterra.
A imagem apresentada é de um pré-filatélico com carimbo nominal de Guimarães, e que circulou para o Porto.