17 de Abril de 2025 | Coimbra
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Paulo Ilharco

ODE À LIBERDADE

22 de Abril 2022

Nasci numa Prisão que não tem muros.

A Liberdade em ser perante apuros

Não exige prudência em sentimento.

O mar, a chuva, a tempestade, o vento,

Esses, sim, são tão livres que se omite

A Imensidão do espaço sem limite.

Cresci nos cravos encarnados da nação

Que é regada p´la minha opinião.

Vociferei com alma o estranho afã

De não me contentar com o Amanhã.

Não me chegam os dias que já tive

E os outros que hei-de ter só porque vive

O Dom que me ofertou a Eternidade

À procura de um verso – a Liberdade!

Partirei quando lágrimas sorrirem

À Porta de outras portas que se abrirem.

Deus esteve presente em quase tudo…

– Excepto quando a voz me tornar mudo!

Mas, rebelde que sou, ah, eu prometo

Eternizar um cravo, mesmo preto!

É que Deus pode ser o que eu quiser:

Um homem ou até uma mulher!

Será tal muro da Prisão transposto,

Quando eu for livre em oscular Seu rosto!


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