Mesmo que decepassem minhas mãos,
Eu continuaria a versejar,
Que os sonhos não são tímidos nem vãos
E a voz da mente a dor d’ imaginar.
Mesmo que fossem loucos os mais sãos,
Eu teria nos olhos o luar,
Que os Vates – esses – são de Deus irmãos
E as palavras o Céu de outro Lugar.
Mesmo que o dom se dissipasse em pó,
Eu ficaria acompanhado e só
Nos arcanos cantados sempre a esmo.
Mesmo que colorissem breu em mim,
Eu escreveria a intensa Luz no fim,
A obra-prima: o Infinito mesmo!
31/12/2022 A todos os Leitores que,
mais que os versos, leem o próprio autor.