Ser homem vertical nesta caminhada hipócrita e corrupta.
O homem desce cada vez mais nesta escala de valores, vai por aí abaixo e torna-se o “homenzinho” cheio de vícios, cheio de más intenções, este “homenzinho” que nasceu do pecado original no sangue, do nada que é nada, “nihil est intellectu quod prius non fuerit in sensuni intellectu ipse”.
Este ser deformado tão contemporâneo encontrou uma escapatória para fugir às boas maneiras das Sagradas Escrituras, e tornou-se venal, e é a faca para ferir o seu irmão, para lesar o seu semelhante.
O homem social viciado é um perigo iminente para a comunidade.
É deste bicho-homem que muitos se isolam numa revolta contra esta fauna, de tipos moralmente medíocres de fisionomias endócrinas, perturbadas nas funções morais, patológicas, ou ainda nas psicoses do mal que é, a bem dizer, um círculo maníaco-depressivo, que os leva a vestir mil casacas para prejudicar o outro.
São as caricaturas de políticos, alguns que deitam espuma no palavreado, mentirosos, ordinários.
E há os criminosos, os traficantes, os que roubam o Estado, os sequestradores, os homicidas, os pedófilos, os violadores, o tráfico de influências manejado por indivíduos de alto coturno na administração pública nos municípios, no funcionalismo da banca, de gestores de gente até ligada à justiça que passam muitas vezes sem o castigo merecido.
Detestar e castigar estes criminosos talvez seja o nosso substratum ético ou uma revolta mística do nosso existencialismo cristão ou do nosso neopositivismo.
Mas este mal atinge a própria fé da igreja de uns tantos no abuso de crianças.
O Papa Francisco procura fazer uma limpeza com as dificuldades inerentes ao privilégio que gozam imerecidamente certos ministros da igreja apostólica romana.
Mas seja lá o que for não podemos com os ambíguos, os trafulhas, os petulantes, os hipócritas, os arranjistas, os andróginos da palavra e da honra.
A sinecura e a perfídia estão na alma destas “caricaturas” que agrava cada vez mais uma sociedade desumanizada, anti religiosa de uma linha de conduta racionalmente fundamentada no dever do cidadão.
E há pedaços pré-fabricados dos defensores do dolo. Do que comete o mal social, sistematicamente anti-cultura, metendo os pés pelas mãos que lembra o dito de Mallarmé: “É preciso exprimir o que se sabe exprimir”.
O homem na sua dimensão moral só se enxerga com lupa.
Se a psicanálise, e bem assim a psiquiatria, podem, de certa maneira, catalogar estas psicoses endógenas, é muito difícil ao cidadão comum aceitar homens por homenzinhos que não deixam de ser figuras de opereta que muito mal fazem à sociedade.