A sua faculdade poética é, de certo modo, a sensibilidade e a emotividade de uma narrativa do pensamento humano, de inovar numa linguagem diferente, curiosa e nervosa de tudo exprimir, ora em ângulos aristotélicos tornando-se no seio da cultura ou da tendência clássica, um exemplo como a poesia é uma ponte de inspiração que leva o autor prestigiado a dar em cada seu livro a verdade de uma singular abstração que é um conceito sempre romântico mesmo com a capa de uma filosofia que lembra o filósofo Kant ou mesmo Schopenhauer.
E não será este poeta com uma dúzia de livros publicados um filósofo no seu jeito de inspiração e de contornos de formas de exarar geometrias sempre novas, ora na subtileza das palavras ou na história do prazer contemplado.
E há um impressionismo de purificar a literatura com conceitos novos ou de descobrir os mistérios da vida nas linhas que caracterizam os seus livros nas experiências passadas e nas descobertas do “narrador” em dar vida à vida, ora num discurso sintético ou na tendência analítica mesmo que, de vez em quando, use o sarcasmo que é uma exigência metodológica da psicologia do seu “eu”.
É um poeta de raiz e tem a compreensão do seu valor, dos seus temas, dos problemas em que aproriza a autonomia as suas imensas faculdades artísticas, de pensar e agir sempre à luz de um critério de criar livros numa rara sensibilidade que é o instrumento da sua emotividade ou de ser um poeta inteiro numa filosofia cuja finalidade é a harmonia total nos diversos caminhos da sua poesia, que é, a bem dizer, uma nova filosofia.
O seu último livro não é imitação do que já foi editado mas é, em boa verdade, sentimentos, ideias, a feitura da arte dada ao público na verdadeira criação poética.
É assim e mais, o poeta Paulo Ilharco!