Aqui ao lado, na vizinha Figueira da Foz, por onde vou passando também alguns dos meus dias (estes últimos tocados a chuva) o jornal O FIGUEIRENSE acaba de assinalar CEM ANOS DE EXISTÊNCIA. As FESTAS de SÃO JOÃO que levam a cidade a usufruir já na segunda feira do seu feriado municipal (24 junho) são ampliadas com esta linda efeméride: O jornal O FIGUEIRENSE, atualmente sob a direção do Dr. ANTÓNIO JORGE LÉ, mais em online do que em suporte papel, continua a sua existência ao serviço de uma cidade e de uma vasta região: a do Baixo Mondego. O FIGUEIRENSE é hoje um repositório do último século de vida da Figueira. Quem desejar fazer a história da cidade, da sua população e da zona envolvente terá, forçosamente, de desfolhar as páginas amarelecidas em arquivo deste jornal. Envio um abraço aos principais mentores do atual projeto, Drs. FERNANDO MATOS e ANTÓNIO JORGE LÉ, pela efeméride com a qual me congratulo e creio que o posso e devo fazer também em nome deste mais do que centenário jornal conimbricense O DESPERTAR. Estamos agora irmanados até nesta singularidade que é SERMOS JORNAIS CENTENÁRIOS. Ainda privei com o jornalista ANÍBAL DE MATOS, jornalista e tipógrafo, um pilar inesquecível deste jornal que hoje recordamos com saudade enviando também um abraço a seu filho, Aníbal José de Matos.
CD “Portefólio” de Diogo Mendes: muito bom
O que podia surgir como uma “salada de frutas” é um trabalho muito bom, e coeso, em disco-compacto, do guitarrista DIOGO MENDES. Intitula-se PORTEFÓLIO e revela-nos um projeto atraente, fresco, bem conseguido, cruzando o fado e a canção de Coimbra com o fado de Lisboa, ou melhor, misturam-se géneros filhos dos mesmos pais a quem não escapa o cante alentejano. Ricardo Silva fala com pertinência no ECLETISMO da guitarra e nós acrescentamos à guitarra o alinhamento temático. Vários participantes integram este CD donde se destacam a ESTUDANTINA UNIVERSITÁRIA DE COIMBRA, os AMANHECER, os ALENTEJO CANTADO, LUÍS PEIXOTO, os guitarristas RICARDO SILVA e RICARDO ARAÚJO e os cantores TIAGO NOGUEIRA e RICARDO LIZ (d´OS QUATRO E MEIA), MAFALDA DUARTE, SÉRGIO PEREIRA e a ex-concorrente do The Voice, SORAIA CARDOSO. O fio condutor é a guitarra dedilhada com mestria por DIOGO MENDES. Natural de TÁBUA, DIOGO MENDES aprendeu a tocar guitarra aos nove anos influenciado pelo pai de quem herdou o gosto; e trocou, pouco depois, o rock pela guitarra portuguesa na secção de fado da Académica na qual foi seccionista/dirigente. Aprendeu com grandes mestres vivos e honra, neste trabalho, outros mestres que já não estão entre nós proporcionando, por exemplo, uma reinterpretação gira da VALSA PARA UM TEMPO QUE PASSOU dos Drs. PINHO BROJO E ANTÓNIO PORTUGAL. Todo o CD é para ouvir de uma ponta a outra até acabar na canção COIMBRA e depois recomendar aos amigos porque DIOGO MENDES tem sangue na guelra e guitarra na alma: é um talento enorme na guitarra portuguesa ao estilo de Coimbra. A CANÇÃO DE COIMBRA ou DE MATRIZ COIMBRÃ terá de se regozijar com este trabalho. O FADO EM COIMBRA E DE COIMBRA vai ser um foco de rendimento para esta geração assim saibam continuar a apostar na qualidade e a fidelizarem-se em relação à matriz. Parabéns ao DIOGO MENDES e a todos os que o acompanham neste PORTEFÓLIO: que bela coleção de trabalhos. Um portfólio de excelência.
Aos Leitores desejo um BOM VERÃO. Começa hoje à tarde…no calendário.