Assinalar! Festejar! Festejar com ‘pompa e circunstância’!
100 anos! A carga deste número, desta passagem, insere-se na casa dos momentos cruciais. Aquela passagem sobre a qual ninguém quer ficar de fora, à qual ninguém fica indiferente; e muito pelo contrário, ficamos surpresos, espantados, maravilhados, agradecidas por todo o ‘peso’ que esta vida de 100 anos transporta!
Todos nós conhecemos e sentimos a importância dos símbolos, que nos apontam inúmeras histórias, que põem a descoberto inúmeras ações, projetos, olhares, opções e desejos de gente diversa, … e este símbolo, para o qual olhamos neste número deste Jornal, de forma tão carinhosa e embevecida, este símbolo que são os 100 anos de vida, é portador de uma renovada energia, apontando e lançando-nos caminhos e realizações cada vez mais importantes.
100 anos… Este acontecimento é de tal ordem motivador que não o podemos calar:
Dito de outra forma… Este Jornal D’ Esperta-nos há 100 anos!
Este Jornal põe-nos em ligação, em comunicação, a desenvolver afinidades desde há 100 anos! Este Jornal desperta-nos para a relação, para a proximidade, para o sair de nós próprios e ousar escrever a outros! Este Jornal desponta-nos a melhor curiosidade e o entusiasmo para a leitura de vozes que nos são próximas ou, até, bem conhecidas. Este Jornal faz-nos melhores… este Jornal também é um bocadinho pai e mãe… ajuda-nos a crescer… a cada um de nós, a um grupo imenso e diferenciado de pessoas… este Jornal constrói-nos… há 100 anos!
Destes 100 anos, nem todos os dias foram de sol e luz clara, nem os ventos foram todos favoráveis. Houve e há alturas onde se sente um grande turbilhão de vento, tempos de ondas tempestuosas, de areias mais cinzentas e com buracos na praia. Provavelmente, aconteceram tempestades raivosas que se abatiam sobre os maiores amigos deste Jornal. Tempos nos quais nos queixamos dos acontecimentos, do vento, da ondulação, do mar e do barulho da tempestade, de tudo o que parece ser abismalmente contrário a intenções, ações e empreendimentos que são criados para construir!
E, como depois aprendemos ao longo da vida, são tempos de mudança… do único possível caminho que fazemos em conjunto.
A mudança, só ela, permite ir mais além!
E de forma inesperada, os novos caminhos apresentam-se imersos em criatividade, em frescura, numa nova ordem de bom senso, de serviço, e de vontade de fazer mais e melhor… e pensar nas histórias e pessoas que passaram aqui durante estes 100 anos, é uma força comovente e contagiante… a qual agora somos os mimoseados.
Parece-me certo que estes 100 anos são de todos. Somos todos nós!
É Hora de Agradecer a “O Despertar”!
MADALENA EÇA DE ABREU (Professora no ISCAC)