O Mercado de Mira vai ganhar nova vida. O projeto e todas as peças de procedimento necessárias à abertura do concurso público para a reabilitação e reconversão daquela infraestrutura foi aprovado pelo executivo camarário na reunião de 25 de setembro, com o voto contra do Partido Socialista.
A obra, aberta a concurso público, visa a recuperação do edifício abandonado, de forma a estabelecer condições necessárias para que aquele espaço ganhe uma nova vida. “A nova dinâmica pretendida passa pelo funcionamento em horário alargado e com uma grande diversidade de serviços, que atraia os mais variados públicos”, explica a autarquia, manifestando ainda o desejo de transformar o Mercado “num ponto de encontro e de convívio privilegiado para os utentes, gerando uma nova centralidade”.
O projeto contempla a construção de um auditório, com 270 lugares, e pretende criar um espaço com novas valências e disponível para diversas atividades. “Deverá ser capaz de se renovar com facilidade, de forma a surpreender quem o visita, refrescar-se com relativa facilidade aos olhos dos seus clientes habituais e, sobretudo, dar respostas às novas tendências, que surgem cada vez com maior rapidez e duram cada vez menos tempo”, assegura o Município.
De acordo com a autarquia, este projeto não pretende cingir o edifício à sua função primitiva de Mercado mas visa também dotá-lo de “uma infraestrutura que lhe permita uma maior flexibilidade de usos, pretendendo-se criar espaços polivalentes capazes de acolher diversos tipos de eventos, que permite o edifício adaptar o espaço de acordo com as necessidades do tipo de atividade a realizar, não limitando o mesmo apenas a uma só função”.
O edifício existente, em forma de “U”, é constituído por três volumes abertos, dotando o espaço de um grande pátio interior. O projeto prevê um espaço multiusos, constituído por três edifícios, dois deles já existentes e outro novo que acolherá um auditório com 270 lugares, composto por uma bancada/plateia retrátil, como complemento dos eventos realizadas no complexo.
De uma forma geral, os espaços terão condições para receber serviços destinados a associações culturais, artesãos e investidores privados, de modo a que os mesmos se possam instalar nos edifícios participando nesta nova dinâmica entre o edifício, espaços envolventes e população da vila.
Todo o complexo de Mercado foi estudado de modo a que os três edifícios possam ser utilizados de forma independente ou em conjunto, mediante as necessidades.
A disposição dos volumes conforma um pátio interior, onde se propõe um anfiteatro ao ar livre que se vira para o interior e para o espaço criado para conformação dos edifícios, criando um palco que poderá receber qualquer evento.
Com um prazo de execução de 730 dias, o início da obra está previsto para os primeiros meses de 2019, depois de cumpridos todos os procedimentos legais, designadamente o visto do tribunal de contas. O procedimento concursal aprovado tem um valor base de 718.667 euros (acrescido de IVA), sendo a intervenção comparticipada em 85 por cento fundo comunitários.